Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A retalhista sueca parece ter uma “estrelinha da sorte” ao seu lado. Para além de ter regressado ao crescimento das vendas em outubro, viu aprovada a sua entrada no mercado indiano e o lançamento da coleção em colaboração com Isabel Marant está a levar milhares de consumidores às suas lojas.
 

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H&M brilha mais forte

Os últimos meses parecem ter “sorrido” à retalhista sueca Hennes & Mauritz (H&M). Em outubro, as vendas totais do grupo subiram 11%, representando a sétima subida mensal consecutiva. De igual forma, as vendas comparáveis, que incluem as lojas físicas e on-line abertas há pelo menos um ano, cresceram 1%. Um resultado que reverteu uma queda de 2% nas vendas em setembro, apesar de ter ficado abaixo do pico registado em agosto de mais 4%, o valor mais alto dos últimos 11 meses.  

Para o analista Richard Chamberlain, do Merrill Lynch, o desempenho da H&M reflete a resiliência da sua oferta, especialmente tendo em conta as dificuldades do cenário do retalho em outubro. «Achamos que esta é uma forte performance dadas as difíceis condições do retalho em outubro, com as vendas de vestuário afetadas por um clima ameno em muitos dos principais mercados da H&M», explicou Chamberlain.

O principal rival do grupo espanhol Inditex anunciou ainda que a 31 de outubro contabilizava 3.081 pontos de venda sob as insígnias H&M, COS, Monki, Weekday, Cheap Monday e & Other Stories, face aos 2.715 de há um ano atrás.

Na linha de mira, a retalhista sueca tem atualmente o mercado indiano, onde acaba de ver aprovada a sua proposta de investimento de 7,2 mil milhões de rupias (85,5 milhões de euros) para abrir 50 lojas, de acordo com um alto funcionário do governo da Índia. O país autoriza 100% de investimento direto estrangeiro em negócios de marca única, mas mantém o limite de 51% nas lojas multimarca e supermercados. 

A somar a esta boa notícia para a retalhista, na última quinta-feira várias lojas da H&M espalhadas por todo o mundo foram atingidas pela “febre” Isabel Marant. A designer francesa lançou finalmente a sua tão esperada coleção especialmente desenhada para a marca sueca, naquela que representou também a sua estreia na moda masculina.  

Na terça à noite, a coleção assinada por Isabel Marant foi lançada num evento VIP na loja da H&M na 5.ª Avenida, em Nova Iorque, que serviu de palco de “batalha” entre compradores para conquista das novas propostas. Os artigos mais populares foram um casaco de malha branco e preto, as botas com franjas, o casaco sem gola com contas e t-shirts brancas. «A maior parte dos consumidores que deixaram a loja com os sacos com Isabel Marant estavam na casa dos 20 anos», segundo os observadores.

Já no Japão, a aguardada coleção da criadora do boémio-chique chegou a cinco lojas em Tóquio, Osaka e Nagoya, onde se juntaram filas de 100 a 200 pessoas, incluindo homens, ansiosos por “deitar as mãos” às primeiras peças masculinas desenhadas por Marant. Na China, contudo, o lançamento desta coleção especial passou sem o aparato de outras com designers mais conhecidos no país, como a Marni, no ano passado.

Os preços estão igualmente a ser um “entrave” à corrida às lojas da H&M, com a própria criadora francesa a sublinhar que tentou fugir ao conceito “low cost”. «O objetivo da H&M não é fazer roupa barata, mas sim colaborar com grandes designers para fazerem coisas juntas e devo dizer que estou muito bem impressionada com o nível e a qualidade», afirmou Isabel Marant.

Contudo, apesar de se afirmar orgulhosa com o resultado final, esta deverá ser a primeira e última colaboração da criadora. «Não creio que haja outra marca com a qual vá fazer toda uma coleção. Quem sabe um produto, com pessoas que tragam realmente algo de que goste e que considere que faça sentido, mas não é algo que queira multiplicar. Isto foi um presente e os presentes têm de ser assim, não recorrentes», justificou.
 

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