A maison de luxo francesa Hermès foi processada na Califórnia por alegações de que só permite ilegalmente que clientes com "histórico de compras suficiente" na empresa comprem as suas famosas bolsas Birkin.
A Hermès está a violar a lei antitrust ao “vincular” a venda de um item à compra de outro, alegaram dois residentes da Califórnia na proposta de ação coletiva federal movida na passada terça-feira em São Francisco, Estados Unidos.
Os vendedores da empresa estão a conduzir o esquema, pressionando os clientes a comprar sapatos, cachecóis, joias e outros itens para ter a oportunidade de comprar uma Birkin, afirma o processo.
A Hermès e os advogados dos inquiridos não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. O processo chama as bolsas Birkin, há muito vistas como símbolo de status, de “ícone da moda”.
Os consumidores não podem comprar uma Birkin online na Hermès, e as bolsas de couro, que são feitas à mão e podem custar milhares de dólares cada, não são expostas à venda nas lojas de retalho da empresa, de acordo com o processo.
“Normalmente, apenas os consumidores que são considerados dignos de comprar uma bolsa Birkin verão uma bolsa Birkin (numa sala privada)”, afirma o processo.
Os vendedores da Hermès não ganham comissões sobre as vendas de bolsas Birkin e são instruídos a usar as bolsas “como uma forma de coagir os consumidores a comprar produtos auxiliares”, de acordo com a denúncia.
O processo afirma que rastreava o status de ação coletiva para milhares de consumidores norte-americanos que compraram produtos da Hermès ou foram solicitados a comprá-los para adquirir uma Birkin.
A Hermès opera cerca de 43 lojas nos Estados Unidos, incluindo oito na Califórnia.
Os inquiridos estão a requerer indemnizações monetárias não especificadas e uma ordem judicial que impeça as práticas supostamente anticompetitivas da Hermès.
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