Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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DivulgaçãoNadège Vanhee-Cybulski assume o prêt-à-porter da Hermès em 2015

A grife francesa Hermès voltou a ser notícia, na última semana, por conta da chegada de uma nova diretora artística. A também francesa Nadège Vanhee-Cybulski, que já trabalhou para as grifes Céline e Maison Martin Margiela, substitui Christophe Lemaire na criação do prêt-à-porter feminino. Lemaire, que ficou na função nos últimos quatro anos, apresenta a sua última coleção para a Hermès em outubro, em Paris (temporada primavera-verão 2015). Nadège estreia na sequência, em março de 2015.

Para o mercado brasileiro, há mais novidades. Está prevista para maio do ano que vem a reinauguração da única butique no país, no Shopping Cidade Jardim. Ela será fechada em setembro para reforma e ampliação (nesse período, a Hermès terá uma loja temporária no mesmo shopping). O novo ponto terá mais espaço para expor os diversos produtos da Hermès. "Teremos mais objetos da linha 'home', incluindo as bicicletas", diz a diretora da marca no País, Isabel Murray Del Priore.

Aumentar a presença e a visibilidade no mercado nacional é a intenção da marca com a reforma da loja - e com planos em discussão para novas lojas, no País. A ideia é tornar a marca mais próxima de clientes e futuros clientes. Entre os serviços que deverão crescer está o da linha Hermès Horizons. Criada em 2011, a linha leva o know how da casa de luxo para o universo da decoração interna de veículos - carros, motos, barcos e até aviões.

Nem todo mundo sabe, mas o brasileiro também pode ter acesso a esse serviço de customização. "A Hermès envia um profissional ao Brasil somente para atender o cliente", diz Isabel. De acordo com a diretora, os produtos sob medida - que incluem também as tradicionais selas de montaria - são o orgulho da marca francesa.

DivulgaçãoModelos da grife francesa Hermès desenhados por Christophe Lemaire, que será substituído na criação do prêt-à-porter feminino a partir do próximo ano. O estilista apresenta sua última coleção pela marca em outubro

Outra novidade, prevista para se concretizar em setembro deste ano, é o início das vendas dos sapatos masculinos John Lobb na butique Hermès de São Paulo. A marca de origem inglesa pertence ao Hermès Group desde 1976, mas os produtos não eram vendidos no Brasil. Com botas e sapatos feitos artesanalmente, a marca está em atividade desde 1866 e se notabilizou por seus calçados feitos sob medida para os clientes - que levam cerca de 50 horas para serem confeccionados.

Em março, a Hermès adquiriu 80% do negócio no Brasil, que era controlado pelo grupo JHSF. Com isso, vem conseguindo diminuir a diferença de preços praticados aqui e no exterior. Não que as coisas tenham ficado baratas. Afinal, a marca continua a ser uma das mais luxuosas do mundo. Mas atualmente, os artigos da Hermès vendidos aqui são 30% mais caros que os disponíveis na matriz francesa, por exemplo. As peças continuam caras, raras e feitas artesanalmente - porém, um pouco mais acessíveis.

O que não mudou foi a procura pelas bolsas icônicas da marca, caso da Birkin e da Kelly Bag, ambas com lista de espera para serem adquiridas na loja brasileira. "O que ocorre é que como se tratam de bolsas feitas à mão, a quantidade sempre será limitada", diz Isabel. "E cada país tem uma cota de compra desses modelos. Se elas se esgotam, não é possível pedir reposição".

O grupo Hermès divulgou os resultados do primeiro semestre deste ano. O volume de negócios foi de € 1,9 bilhão, o que representa um crescimento de 8% (descontado o impacto negativo do câmbio) em relação ao mesmo período do ano anterior. A Ásia, impulsionada pela China, foi a região que teve maior crescimento, com 17%. A região das Américas expandiu 13%, enquanto a Europa chegou a 7% de crescimento.


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Por Vanessa Barone | Para o Valor, de São Paulo

 

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