Liderado como em 2022 pela Apple, Microsoft e Amazon, o ranking 2023 das 100 marcas mais poderosas do mundo acaba de ser revelado pela consultora estratégica Interbrand.
O crescimento destas empresas está a abrandar, uma vez que o valor total do ranking aumentou 5,7% este ano (para 3,3 mil milhões de dólares), em comparação com +16% no ano passado. Para explicar este fenómeno, a Interbrand cita “a falta de uma mentalidade orientada para o crescimento, uma liderança de marca conservadora e previsões incertas” relativas ao contexto económico global.
AHermès, Zara e Sephora sobem no ranking das marcas mais valiosas do mundo - Hermès
“Depois de alguns anos de forte crescimento das marcas, entramos num período de estagnação”, explica o CEO da Interbrand, Gonzalo Brujó. "As empresas que conseguirem explorar a sua marca em novos grupos de potenciais consumidores colherão os frutos do forte crescimento da sua marca”.
O aumento de valorização mais acentuado no ranking este ano foi o do Airbnb, com +21,8%, o que lhe permitiu atingir o 46.º lugar (subindo oito posições). Além deste crescimento impressionante, os setores com melhor desempenho foram o automobilístico e o luxo, com um crescimento médio de 9% e 6,5%, respetivamente. No portfólio de luxo, as marcas francesas Hermès (23.º) e Dior (76.º) apresentaram o maior crescimento no valor de marca em 2023, com +10,2% e +8,4%.
Top 100 de 2023 - Interbrand
A boa saúde das marcas de luxo é explicada, em particular, pela sua resiliência “e pela sua capacidade de transcender categorias para criar experiências de luxo em restaurantes, hotéis e lojas pop-up”, indica a Interbrand. A primeira colocada no setor é a marca francesa Louis Vuitton, que passou a ocupar o 14.º lugar (+5% face a 2022), seguida pela sua compatriota Chanel (colocada em 22.º, +6%). Note-se que a etiqueta italiana Gucci (34.º) viu o seu valor cair 2% num ano, sendo a única marca de luxo entre as 100 primeiras a retrair em 2023.
Em relação ao retalho de moda, a espanhola Zara foi a 43.ª colocada, acompanhada de uma valorização de 10% este ano, que lhe permitiu subir quatro posições, seguida pela H&M, que manteve o 56.º lugar e apresentou um aumento mais limitado de 5%.
Outra campeã do retalho, a rede de beleza Sephora (grupo LVMH) registou um dos avanços mais importantes em 2023, com crescimento de 15%, o que lhe permitiu passar do 100.º para o 97.º lugar.
Metodologia: A Interbrand elabora o seu ranking considerando vários indicadores em três níveis: a análise financeira da empresa, a influência da marca na decisão de compra e, por último, a força competitiva da empresa no seu setor.
POR
Marion Deslandes
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