Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Pelas mais diversas razões, os homens aumentaram os seus gastos em vestuário e os analistas do sector preveem que o crescimento continue. Entre os principais mercados que estão a impulsionar este crescimento, os EUA assumem especial destaque, sendo alvo da aposta de diversas marcas.

Homens compram mais roupa

 A germânica Hugo Boss AG, que gera a grande maioria das suas vendas novestuário masculino, pretende atingir ganhos de vendas de 50%, chegando aos 3 mil milhões de euros até 2015, suportada por uma mudança cultural internacional que levou mais homens a interessarem-se por moda e a investirem na sua aparência. «Os homens estão ainda a despertar para a preocupação de estar bem vestido», afirmou Claus-Dietrich Lahrs, presidente-executivo da Hugo Boss, à margem da Fairchild Fashion Media Men's Wear Summit, que decorreu em Nova Iorque no final de março.

O mercado mundial de moda masculina de luxo está a crescer cerca de 14% ao ano, ou seja, quase o dobro do ritmo do vestuário de luxo feminino, de acordo com a empresa de consultoria Bain & Co. Com a procura na Europa a arrefecer por causa de uma economia lenta e dúvidas sobre se o mercado de luxo chinês poderá manter o seu acelerado ritmo de crescimento, muitos retalhistas estão a apostar no crescimento do mercado de luxo nos Estados Unidos.

A cadeia britânica de moda masculina Alfred Dunhill, detida pelo grupo suíço do luxo Richemont, opera três lojas no mercado norte-americano e pretende adicionar mais cinco dentro de dois anos. Os planos da Hugo Boss para os EUA incluem a expansão da sua loja em Manhattan, revelou Lahrs.

Esta tendência está a ser fomentada pelos estilos elegantes da década de 1960, revitalizados por séries televisivas como “Mad Men”, assim como pela proliferação dos blogs de moda.
 
Matthew Singer, diretor de moda masculina do Neiman Marcus Group, considera que «aquelas séries estão a ter uma influência na forma como os homens estão a vestir-se». Os homens estão também menos tímidos em relação à compra de acessórios como pulseiras e lenços, acrescentou o responsável.

A Coach Inc está também a fomentar o seu negócio com os homens. Globalmente, a empresa norte-americana espera que as suas vendas de artigos masculinos cheguem aos 400 milhões de dólares este ano, ou seja, 8% das vendas totais, e atinjam os mil milhões de dólares dentro de poucos anos. Para a especialista em artigos de couro, está é uma espécie de regresso às origens. A Coach começou em 1941 como um negócio dirigido aos homens. Em 1997, os produtos destinados ao mercado masculino ainda representavam 25% das vendas.

Os homens também têm vindo a alimentar as vendas de luxo na China, o mercado de luxo que mais prospera, apesar da recente desaceleração no ritmo de crescimento. O retalhista de moda masculina Trinity Ltd., um dos mais importantes na China, divulgou que as vendas para igual número de lojas subiram 19,5% no ano passado e que eventualmente planeia operar 500 lojas na Grande China, a partir das cerca de 370 atuais. «Os homens não compram com tanta frequência, não compram muito, mas são consistentes. Os homens são muito fiéis às marcas», explca Sunny Wong, diretor executivo do grupo Trinity.

Mesmo excluindo o segmento de mercado de luxo, os homens nos Estados Unidos estão a gastar mais em vestuário. Os consumidores norte-americanos aumentaram os seus gastos em roupa mais do que as mulheres em 2011, comprando em especial mais peças formais, à medida que a economia melhora. As vendas de vestuário masculino subiram 4% durante o ano, enquanto na roupa de senhora cresceram 3%, segundo os dados da empresa de pesquisa de mercado NPD Group.

Fonte:|http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/40977/xmview/...

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