Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A ascensão da China ao longo das duas últimas décadas como principal localização para o aprovisionamento de vestuário teve um efeito sobre o papel de Hong Kong no setor de vestuário global, transformando a região de fabricante para um centro de serviços e aprovisionamento.

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Hong Kong assume novo papel

 Ao longo dos últimos anos, a China viu as suas exportações de vestuário perderem um pouco de dinâmica para os países do Asean, principalmente devido aos seus custos operacionais crescentes.

Em 2008, os custos laborais na China começaram a subir rapidamente. Em 2010, o salário mínimo em 30 províncias aumentou 22,8%, enquanto o 12.º e atual plano quinquenal chinês (2011-15) destinou que os salários dos trabalhadores aumentem 15% ao ano durante o período – duplicando dentro de cinco anos. A valorização do yuan, que subiu 26% em relação ao dólar desde 2005, é outro fator na base do aumento do custo de fazer negócios na China.

Uma pesquisa realizada pelo Japan External Trade Organization (JETRO) em outubro de 2010, mostrou ainda que a China não pode mais ser considerada um país de baixos custos laborais. O estudo evidenciou que o custo salarial total (que inclui o salário real mais seguros, impostos e benefícios) pago pelos empregadores a cada trabalhador na China, chegou aos 463 dólares por mês, em comparação com a Tailândia (427 dólares), Índia (342 dólares), Filipinas (296 dólares), Indonésia (259 dólares), Vietname (153 dólares), Camboja (125 dólares) e Bangladesh (85 dólares).

De igual forma, a participação percentual da China nas exportações de vestuário do mundo está a ser corroída pelos seus vizinhos e o declínio vai ser provavelmente mais rápido no futuro próximo. Nos primeiros oito meses de 2011, por exemplo, os EUA importaram mais 1,4% de vestuário em volume, mas registaram uma queda de 3,2% da China, enquanto a maioria dos países do Asean cresceu.

Não há nenhuma dúvida de que a China e os países do Asean vão continuar a ser os principais produtores mundiais de vestuário. Mas o que também é provável que aconteça é que eles divirjam para produzir produtos em três níveis de preços diferentes.

As marcas internacionais estão cada vez mais a adotar uma estratégia “China + Um”. Para os fabricantes de vestuário na China, quer sejam empresas chinesas ou de Hong Kong, isso significa que eles também terão de estabelecer outras bases de produção fora do país. Indonésia, Vietname, Camboja e Filipinas são os locais mais atrativos para se estabelecerem.

Para além de estar bem posicionado como plataforma de aprovisionamento, Hong Kong poderá também desempenhar um papel importante no apoio às empresas que estão a entrar no mercado da China, seja na fabricação ou no retalho.

O mercado chinês está a amadurecer, os rendimentos e o poder de compra do consumidor estão a crescer rapidamente e a disposição dos compradores para gastar gerou o crescimento das cadeias de fornecimento eficientes. As cidades de primeira linha, como Pequim, Xangai, Guangzhou e Shenzhen, têm experimentado um rápido crescimento do consumo, que agora está a passar para as cidades de segunda e terceira linha – mas ainda há muito espaço para crescer.

Os próximos 15 anos serão uma oportunidade de ouro para os investidores, os economistas preveem que a China será a maior economia do mundo em 2025.

Hong Kong é considerado um local onde o Oriente encontra o Ocidente, é uma enorme janela para o mercado da China continental, podendo emergir como um super centro de serviços para o design e a inovação, testes de laboratório e aprovisionamento global, na medida em que é apoiado por numerosos institutos e associações e tem um sistema legal bem estabelecido. Hong Kong tem também um papel a desempenhar na entrada das marcas ocidentais no mercado chinês.

Fonte:|http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/40654/xmview/...

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