Ferramentas como o ChatGTP ou FabricGenie estão a mudar a abordagem ao design têxtil, incluindo na área dos têxteis-lar, e, embora tragam vantagens, representam também desafios que terão de ser ultrapassados rapidamente.
As ferramentas de inteligência artificial são hoje difíceis de ignorar, não só na vida dos consumidores, mas também das empresas, onde estão a mudar inclusivamente os métodos e processos de trabalho.
Um painel na conferência de imprensa de abertura da Heimtextil, que integrou Anja Bisgaard Gaede, fundadora da agência de tendências e negócios SPOTT, Danny Richman, consultor de inteligência artificial e inventor da ferramenta de design FabricGenie, baseada em inteligência artificial, e Olaf Schmidt, vice-presidente de têxteis e tecnologias têxteis da Messe Frankfurt, debateu o potencial da inteligência artificial para o design de produtos têxteis e deixou pistas para o que poderá ser o futuro da indústria neste capítulo.
«A inteligência artificial está a redefinir profundamente a economia, os mercados e indústrias. Como especialistas em feiras, sabemos como ajudar nos esforços de transformação e reduzir os níveis de complexidade. Com a indústria global de têxteis-lar na Heimtextil em Frankfurt, agora é o momento ideal para destacar o potencial da inteligência artificial», afirmou Olaf Schmidt, sublinhando que «as possibilidades da inteligência artificial são verdadeiramente incríveis» e «há muitas oportunidades para ser usada na indústria têxtil».
As vantagens deste tipo de ferramenta foram vincadas por Danny Richman, que não só mostrou a FabricGenie como revelou que a própria ferramenta foi desenvolvida com recurso ao ChatGPT. «Todo o código foi escrito por inteligência artificial, em apenas 12 semanas. Apenas tivemos um designer do front-office para ficar bonito. Mas o lado técnico foi feito, na maior parte, pelo ChatGPT», indicou.
A aplicação FabricGenie permite, por exemplo, obter opções para a decoração de um ambiente, através do envio de uma foto do espaço ou então receber imagens de têxteis com base numa descrição. É possível ainda visualizar o produto com diferentes especificações.
A rapidez no desenvolvimento e essa possibilidade de visualização quase imediata são vantagens indiscutíveis, mas a questão sobre os direitos de autor de um produto desenvolvido por inteligência artificial levanta dúvidas.
Para Anja Bisgaard Gaede, a inteligência artificial deve ser vista como «uma ferramenta coletiva», mas que continua a exigir «que sejamos criativos», até porque os resultados vão depender dos inputs introduzidos. «Quanto mais criativo se for e mais conhecimento se tiver sobre diferentes aspetos do design, melhores resultados vamos obter», acredita.
Quanto ao futuro da inteligência artificial neste domínio, a fundadora da SPOTT considera que «temos de ver como as coisas evoluem. É uma tecnologia muito nova».
Já Danny Richman não tem dúvidas. «O medo é uma reação normal, mas as pessoas e as empresas vão ter de o ultrapassar, porque não há volta atrás. As pessoas têm que se adaptar», concluiu.
https://portugaltextil.com/ia-esta-a-mudar-o-design-textil/
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