Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Foto: Ajit Solanki / Ap Photo
Dados apontam que a indústria procurou a pluma no mercado interno

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam reação na produção da indústria têxtil nacional no mês de julho em 5,1%, enquanto em junho houve queda de 2,4%. De acordo com o IBGE, entre janeiro e julho a queda foi de 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado e no acumulado de 12 meses a queda foi de 2,4%. O mercado interno de algodão sentiu o crescimento da demanda em julho, também houve reação dos preços da pluma, que saíram da média de R$ 59 a arroba, em junho, para R$ 66,50 em julho.>>Leia mais notícias sobre AlgodãoA pesquisa aponta que a indústria procurou a pluma no mercado interno, mas comprou em pequenos lotes, aguardando condições de mercado favoráveis para completar o suprimento das indústrias. Para os próximos meses, o comportamento dos preços em Mato Grosso deve continuar arbitrado pela demanda interna, visto que o comércio interno está remunerando melhor o produtor do que as exportações, mesmo com o câmbio desvalorizado, cotado a R$ 2,24.

Para exportações, a pluma mato-grossense chegaria ao porto valendo R$ 69,70 a arroba, enquanto para a Bolsa de Nova Iorque no mercado interno a remuneração é de R$ 62, valor 12% superior. A oferta reduzida dentro do país pode manter os preços no mercado interno descolados do mercado internacional, porém se houver queda na demanda interna há espaço para diminuição do preço.

Mato Grosso

Depois de uma leve recuperação durante a semana a pluma do algodão caiu na última sexta, fechando a semana com pequena baixa de 0,2% nos preços. As negociações não foram flexíveis, com vendedores em busca de ágio sobre os preços ofertados por causa da melhor qualidade da pluma ofertada. O mercado interno apresentou queda por causa da paridade do preço de exportação, e por causa da maior oferta de pluma disponível, fechando em R$ 65,40 a arroba em Campo Verde e R$ 64,90 em Nova Mutum.

Mercado do óleo

Com redução no preço do óleo de soja no mês que já acumula 8%, fechando a semana em R$ 2.150,00 a tonelada, tendo por consequência maiores estoques mundiais se comparados aos da safra 2012/2013, o preço do óleo do algodão tende a cair, porque na safra atual ele está 30% mais barato que o óleo de soja, sendo essa diferença explicada pela melhor qualidade nutricional do óleo de soja. A semana fechou em R$ 1.700,00 a tonelada em média, podendo variar R$ 50,00 para cima ou para baixo, dependendo do comprador.

Mercado futuro

A Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque (ICE Futures) fechou a semana em cents de US$ 84,52/lp com pequena alta de 0,2% para o contrato de dezembro/13, porém encerrou as operações da última sexta em queda diária de 1% e o menor volume de contratos negociados no mês (6.479). Essa queda foi puxada pelo dia anterior, que fechou com preços em baixa, diante da realização de lucros, após atingir cents de US$ 85,54/lp, sendo esse o melhor preço em quatro semanas. Essa redução que aconteceu no final da semana foi uma consequência dos dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) nesta quinta-feira, que mostraram um recuo nas exportações semanais dos Estados Unidos.

Exportação acumulada Mato Grosso

Entre janeiro e agosto de 2013 os embarques de algodão em pluma chegaram a 183,5 mil toneladas de pluma originados no Estado de Mato Grosso em 2013. A Indonésia foi o país que mais importou a pluma mato-grossense, com 23% das compras, ou 41,7 mil toneladas importadas, a Coreia do Sul teve 22%, ou 40,75 mil toneladas de participação nas exportações. A China, que já foi o maior importador da pluma do Estado de Mato Grosso, ficou em terceiro lugar com 15% das vendas para o exterior, resultado da menor participação do país nas compras mundiais de pluma. Paquistão, Tailândia e Malásia tiveram 9%, 6%, 6% nas participações, respectivamente. A surpresa é que Coreia do Sul e Indonésia representam 45% das exportações de pluma do Estado, demonstrando um share expressivo.

Importações Mundiais

As importações mundiais de algodão em pluma devem cair 16,2% entre a temporada 12/13 e 13/14, segundo o relatório do USDA de setembro. O principal impacto foi a redução de compras da China em 46%, que caiu de 4,4 milhões na safra 2012/13 para 2,4 milhões na temporada atual. Mesmo assim, a China continua como maior importador mundial de algodão em pluma. Outros players importantes no consumo de algodão devem aumentar suas compras, como Turquia, Paquistão, Indonésia, Vietnã, Tailândia, Índia, entre outros. Assim, para esses países o volume importado deve sair de 5,6 milhões de toneladas na safra 2012/13 para 6,0 milhões de toneladas na safra 2013/14, ou seja, 400 mil toneladas a mais que na temporada anterior.

Custo de produção

Na próxima temporada, o custo de produção de soja, milho e algodão indica aumento. Para o custo do algodão, que estava na casa dos R$ 5.123/ha deve ocorrer aumento de 15% para a próxima safra, principalmente pelo acréscimo do custo dos insumos que foi puxado pela alta do dólar. Frente à soja, o algodão tem um aumento relativo menor, já que deve aumentar seu custo em 27,5%, também ocasionada pelo acréscimo de insumos, chegando a safra 2013/14 a R$ 2.432,7/ha. Como consequência das novas tecnologias de insumos e sementes que serão usadas na safra de milho, o custo de produção do milho deve elevar-se para R$ 1.738/ha, valor 5,4% superior a safra passada. Mesmo com alto custo de produção, a cultura do algodoeiro se torna mais interessante que o milho para a segunda safra, por causa dos preços futuros travado pelos produtores de algodão, frente as expectativas de preço da Fonte commodity do milho.

IMEA


Fonte Rural BR

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