Na sua 59.ª edição, a Filo vai centrar-se na economia circular, com as tendências a assumirem como tema “Geografias Imaginadas”. «Além do sistema rígido de velho racionalismo e os imperativos resultantes do consumismo compulsivo que há algum tempo se tornaram insuportáveis, estamos a testemunhar um cuidado incontornável pelo ambiente, que implica um sentido consequente e contemporâneo de reencantamento pela natureza», explica, em comunicado, a feira, que conta com Gianni Bologna como diretor criativo.
A atração pelo desconhecido, o desafio e o incentivo provocado pelas “terras desconhecidas” de mapas antigos e portulanos (cartas náuticas com as distâncias aproximadas entre portos) foram substituídos pela autocriação imaginativa de “certezas” que nem o passado nem a experiência podem atestar. Os seus substitutos estão agora disponíveis na realidade virtual da Internet e do metaverso, que, por definição, representam o reino das criações imaginárias. Em termos têxteis, as consequências podem ser provadas diariamente nas ruas e nas passerelles, sublinha a Filo.
Outras Terras [©Filo]
Para a feira italiana consagrada aos têxteis lineares, este é um tema vasto que deixa espaço para «milhares de facetas criativas. Tentamos desenvolver alguns exemplos sem os separar da beleza, considerando que essa é uma característica essencial e consubstancial do mundo têxtil e do gosto italiano».
Outros Mares [©Filo]
O tema geral assume três direções têxteis: “Outras Terras”, “Outros Mares” e “Outros Céus”. A primeira inclui malhas inspiradas em formas vegetais, jacquards com grandes rapports, fios com uma rica componente em lã, misturas visíveis e transparências, misturas em lã com brilhos, jerseys em algodão e fibras regeneradas e tricots jacquard, sempre com foco na simplicidade e na matéria-prima. Já em “Outros Mares”, as propostas estão mais centradas no aspeto superficial dos materiais, em padrões de ondas, apontamentos brilhantes, tridimensionalidade, gravações, fios volumosos, ondulados, redes, misturas de algodão, rendas e fios para tecidos de performance. Por último, “Outros Céus” aponta para artigos leves, crepes, jacquards e pontos abertos, superfícies espelhadas, redes e rendas, relevos, musselinas de algodão, veludos sedosos, tafetás e brilhos.
Outros Céus [©Filo]