Retalhos de tecidos e aviamentos que seriam descartados por indústrias servem de matéria-prima para a confecção de coleções de moda por imigrantes e refugiadas que participam do Projeto Très Deyó –
que significa Tranças de Fora em crioulo – em São José, na Grande Florianópolis.
A idealizadora do projeto, Táisse Marcos de Souza, de 30 anos, conta que ele nasceu em 2017 como resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), no curso de Design de Moda.
“Fiz um estudo sobre moda, migração e desenvolvimento sustentável e percebi que a globalização, de um lado fortalece a indústria, alimentando a produção fast fashion, mas por outro lado exclui povos que acabam migrando para fugir da pobreza e em busca de novas oportunidades”, conta a empreendedora social.
Com o objetivo de promover por meio da moda a inclusão social, o empoderamento e autonomia de mulheres, o projeto ensina técnicas manuais e de costura para dar vida ao que seria lixo e com isso gerar novos produtos.
“Começamos com sete haitianas de forma informal e dando aulas de corte e costura no ateliê do Centro Universitário da Estácio de Sá, ministradas pelo Durval Travassos Neto, e de tear de pregos no Espaço Cultural Coletivo Armazém Elza, que eram dadas por mim. Nesta primeira etapa foi desenvolvida uma coleção de bolas tramadas com malhas cedidas por uma marca de praia e fitness”, lembra.
Táisse conta que de março até julho desse ano, 10 mulheres foram capacitadas em crochê e agora vão ter aulas de costura. A responsável pelo projeto diz ainda que em breve devem ser abertas novas turmas para capacitação.
“Nos mantemos através de parcerias, como dos coworkings parceiros que cedem espaço para as ações, de empresas que nos fornecem materiais que seriam descartados (como tecidos, fios, ferragens), de empresas de marketing que alimentam nossas redes sociais, além de fotógrafos e voluntários da área da moda e design que atuam nas capacitações”, explica.
O valor arrecadado com a venda das bolsas, seja em feiras ou pelas redes sociais, tem uma parte destinada como retribuição para as mulheres que participam, e o restante é investido em capacitações e ações do Très Deyó.
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/sc-mais/noticia/2018/08/28/i...
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“Nos mantemos através de parcerias, como dos coworkings parceiros que cedem espaço para as ações, de empresas que nos fornecem materiais que seriam descartados (como tecidos, fios, ferragens), de empresas de marketing que alimentam nossas redes sociais, além de fotógrafos e voluntários da área da moda e design que atuam nas capacitações”, explica.
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