O Brasil quer ampliar os contatos comerciais e econômicos com Pequim e aumentar a participação de produtos brasileiros no mercado chinês. Na balança com a China, o Brasil registra superávit de mais de 5 bilhões de dólares, mas os produtos chineses continuam avançando no mercado brasileiro, muitas vezes em detrimento da indústria nacional. Um dos setores onde a concorrência é mais feroz é o têxtil.
Ana Carolina Dani, enviada especial à China
Segundo a ABIT, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil, o déficit no comércio do setor com a China em 2010, de 2,5 bilhões de dólares, teria representado a não geração de 100 mil empregos no país.
O presidente da entidade, Aguinaldo Diniz Filho, disse à Radio França Internacional que a ABIT vai aproveitar a visita da presidente brasileira Dilma Rousseff à China para reiterar o pedido de que o governo não reconheça a economia chinesa como economia de mercado.
A Abit participa em Pequim, na próxima terça-feira, de um seminário com 250 empresas brasileiras que contará com a participação da presidente Dilma . “Enviamos uma correspondência à presidente Dilma pedindo para que não haja um reconhecimento da China como economia de mercado. O governo brasileiro reconheceu esse status, mas isso não foi regulamentado. Eu acho que nem os próprios chineses acreditam que são uma economia de mercado. Eles não têm um mercado livre, dão subsídios muito grandes à exportação”, explicou Diniz Filho.
Na última terça-feira a ABIT conseguiu mais uma vitória na queda de braço com a indústria chinesa. O governo brasileiro decidiu impor às importações de viscose da China uma sobretaxa de US$ 4,10 por quilo por um período de até cinco anos. As investigações feitas pelo governo brasileiro concluíram que as importações de malha de viscose da China causaram dano à indústria brasileira em função da prática de dumping
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