A Inbrands - grupo de moda do fundo de investimento Pactual Capital Partners (PCP) - está intensificando sua estratégia de ter 100% do controle das grifes que compõem seu portfólio. Ontem, a holding anunciou a aquisição da totalidade do capital da Mandi, marca de moda jovem da qual detinha apenas 0,05%.
Há menos de um mês, a Inbrands também aumentou sua participação de 10% para 100% na Cia das Marcas, empresa carioca dona da Richards, Salinas e Bintang, que juntas respondem por metade do faturamento do grupo de moda de cerca de R$ 800 milhões.
A Mandi foi avaliada em R$ 40 milhões, sem considerar a dívida líquida. Deste total, o fundador da Mandi, Alexandre Brett, receberá uma parte em dinheiro e os outros R$ 20 milhões em ações que equivalem a cerca de 3% do capital da Inbrands.
Nas duas últimas aquisições, a Inbrands usou suas ações como moeda de negociação. No caso da Richards, a operação foi avaliada em R$ 135 milhões, mas não houve nenhum desembolso de caixa. A Cia das Marcas, que já detinha 4% do capital do grupo de moda do fundo, saltou sua participação para 18,6%.
Em maio, a Inbrands também assumiu o controle total da grife do estilista Alexandre Herchcovitch ao pagar R$ 4 milhões pelos 30% de participação que restavam para adquirir 100% do negócio.
Brett também é o criador da VRMens, grife masculina vendida à Inbrands em março por R$ 85,6 milhões. Neste caso, o pagamento foi feito em cinco vezes, sendo que a primeira e segunda parcelas foram de R$ 10,7 milhões e as demais parcelas foram de R$ 21,4 milhões, cada.
A Bobstore, adquirida em outubro por cerca de R$ 50 milhões, também foi paga em dinheiro, mas os detalhes da transação não foram revelados.
Atualmente, o único negócio em que a Inbrands ainda não possui a totalidade do capital é a Luminosidade, empresa de Paulo Borges que administra os desfiles São Paulo Fashion Week (SPFW) e Fashion Rio. A Inbrands é dona de 75% da Luminosidade e já fez proposta a Borges para que ele venda os 25% restantes. Em troca, Borges ficaria com cerca de 1% da Inbrands.
A intenção de ter 100% do capital de suas grifes e negócios na área da moda foi apresentada na época em que a holding pretendia abrir o seu capital, mas desistiu por conta do cenário econômico adverso. Além do momento ruim, outro fator que teria atrapalhado o IPO, segundo o Valor apurou, é que na época a holding não tinha a totalidade do capital das grifes. A presença de vários fundadores das grifes poderia atrapalhar a agilidade na tomada das decisões.
O objetivo da Inbrands no IPO era levantar aproximadamente R$ 500 milhões, que também seriam usados para aquisições de outras grifes de luxo.
Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/1149062/inbrands-compra-grife-jove...
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É um grupo capitalista que está apostando na Confecção.
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