Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

As empresas e o mercado global de vestuário estão a atravessar “um ponto de inflexão”, com a incerteza económica a lançar dúvidas sobre os níveis de crescimento futuro, de acordo com o divulgado por um novo relatório recentemente publicado, onde são apresentadas as projecções até 2017.
Incerteza afecta vestuário

 O relatório “Tomorrow’s apparel industry: products, markets, sourcing and processes – forecasts to 2017” faz uma análise sobre o futuro das empresas de vestuário, destinado a incentivar os executivos do sector a considerarem o que vai moldar a sua actividade ao longo dos próximos anos. O documento examina e fornece previsões para as diversas vertentes do sector, discutindo como as tendências mudaram nos 18 meses desde a publicação do último relatório, e especulando sobre o que poderá acontecer no futuro. Talvez a mudança mais significativa em relação ao último relatório publicado em 2010 seja o crescente nível de incerteza em relação a um resultado positivo, influenciado pela actual situação política e económica mundial.

Entre as áreas analisadas encontra-se o mercado de vestuário, as tendências de merchandising, distribuição, indústria, aprovisionamento e produção. Além disso, o relatório considera as principais influências sobre o futuro do sector, incluindo a cadeia de aprovisionamento, tecnologia e questões de sistemas informáticos, bem como factores políticos e económicos.

Para cada área, o relatório apresenta uma previsão da “melhor estimativa” de crescimento entre 2011 e 2017, avaliando, em seguida, o nível de confiança dessa previsão. Por conseguinte, o relatório apresenta maior confiança nas áreas de produtos e produção, onde acredita que existirá maior crescimento, nomeadamente: roupa íntima feminina e sportswear, apresentando uma perspectiva desfavorável no caso do vestuário de criança – à medida que as condições de recessão nos consumidores dos países desenvolvidos promovem os retalhistas de menor preço.

Existe também um bom grau de confiança nas previsões para a distribuição, onde se pensa que a Internet vai continuar a ganhar terreno, à custa, em particular, das encomendas de correio tradicional – embora a extensão dessa mudança seja discutível. Além disso, as vendas feitas através de canais de redes sociais tendem a aumentar.

Antever a saúde do sector de vestuário é uma tarefa mais difícil, dadas as incertezas provocadas pela crise na Zona Euro e o terramoto e tsunami no Japão. É esperado um crescimento mais rápido no resto do mundo, Europa Oriental e Turquia, compensado pela queda constante na Europa Ocidental.

As projecções sobre a dimensão do mercado de vestuário global permanecem, em geral, em linha com o relatório de 2010, mas com uma ressalva importante: existe muito menos confiança no crescimento, com projecções nubladas pelo espectro de uma recessão de dupla queda na Europa, causada pela crise na zona euro.

O relatório prevê que o resto do mundo vai continuar a ser uma base de produção extremamente significativa, com a Ásia (principalmente China, Sudeste Asiático e Índia) a produzir cerca de dois terços do vestuário do mundo – mas consumindo apenas um quarto do total do mercado, mantendo-se assim um grande exportador para as regiões mais desenvolvidas.

Além disso, o relatório avalia as principais influências nestas tendências da indústria, referindo os custos de matérias-primas, o aumento nos custos laborais, os aumentos no preço do petróleo, a instabilidade política e o debate ético sobre a sustentabilidade, o meio ambiente e o comércio justo como o mais significativo.

O documento sugere que o aumento dos custos laborais irá produzir «preços constantemente superiores» para os consumidores nos mercados desenvolvidos, apesar de um abrandamento provável no preço futuro do algodão e nos preços das fibras, bem como um regresso para níveis mais «sensatos» no preço do petróleo.

Enquanto isso, a instabilidade política vai persistir no mundo muçulmano em particular, mas afectará apenas uma parte relativamente pequena da produção mundial, enquanto as preocupações com comércio ético e justo serão as áreas mais importantes de debate entre as questões de responsabilidade social.

Fonte:|http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/40047/xmview/...

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