Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Indústria corta vagas e desemprego avança em Minas Gerais

Faturamento da indústria despencou 14,46% de janeiro a abril na comparação com o mesmo período de 2014

Dono de uma confecção em Formiga, Paulo César Costa encerrou os contratos com empresas terceirizadas que fabricavam parte de sua linha de produção. “Cerca de 30% do que fabricamos era terceirizada. Agora (toda mercadoria) é feita aqui”, lamentou o empreendedor do Centro-oeste de Minas, um dos principais polos de confecções e acessórios do país. O setor de confecção na região fechou o primeiro trimestre do ano com recuo no faturamento (1,51%), no total de horas trabalhadas (1,06%) e na quantidade de emprego formal (3,72%) no confronto com o mesmo período de 2014.


As estatísticas, levantadas pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), são reflexos do desaquecimento do consumo no mercado doméstico e fazem parte do estudo que vai mostrar os números dos indicadores da indústria têxtil do Centro-oeste mineiro referentes ao acumulado dos quatro primeiros meses do ano será divulgado pela Fiemg na próxima semana, mas a expectativa é de aumento nas quedas, principalmente no número de trabalhadores.

Em todas as regiões do estado, segundo a Fiemg, o faturamento da indústria despencou 14,46% de janeiro a abril na comparação com o mesmo período de 2014. Os dados da pesquisa Index, divulgada ontem, mostram que somente em abril ante março, em dados dessazonalizados, a queda foi de 7,14% e ante abril de 2014, recuo de 17,75%. A queda da indústria tem reflexo direto no emprego. Segundo a pesquisa, as horas trabalhadas nas indústrias mineiras diminuíram 10,02% até abril, 1,42% ante março (dessazonalizados) e 10,81% ante abril de 2014. Nas mesmas bases de comparação, a massa salarial real do trabalhador em Minas recuou 9,61%, 1,54% e 4,13%, respectivamente.

“Minas representa cerca de 10% da economia nacional. Mas as demissões estão em cerca de 20% do total do país, devido à característica do parque industrial do estado, que é mais concentrado nos segmentos que estão sofrendo mais com a crise", explicou o economista-chefe da Fiemg, Guilherme Leão. “Ainda há outros fatores, como juro elevado”, acrescenta Annelise Fonseca, economista da Fiemg.

O quadro da indústria mineira se repete em todo o país e nos outros setores da economia. O recuo nas vendas do varejo, que obriga a indústria a produzir menos e a reduzir os empregos, foi constatada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilio (Pnad), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo apurou que a taxa de desocupação no trimestre móvel encerrado em abril foi estimado em 8% para o Brasil, acima do resultado de igual trimestre de 2014 (7,1%) e à frente do acumulado encerrado em janeiro de 2015 (6,8%). A taxa é a maior para o trimestre desde 2012.

De acordo com o IBGE, o país contabilizou, no acumulado pesquisado, cerca de 8 milhões de pessoas sem emprego. No acumulado dos três meses anteriores, esse universo era de 6,8 milhões de homens e mulheres. Já o rendimento médio real dos trabalhos encerrou o acumulado no último trimestre móvel em R$ 1.855, abaixo do apurado no trimestre de novembro a janeiro (R$ 1.864) e menor até do que o registrado no mesmo trimestre do ano passado (R$ 1.862).

Diante disso, a massa do rendimento de todos os trabalhadores caiu pela terceira vez consecutiva (R$ 167,2 bilhões, R$ 166,4 bilhões, R$ 165,9 bilhões, R$ 165,5 bilhões). A redução da massa salarial compromete a próxima data festiva para o varejo, o Dia dos Namorados. Pesquisas indicam que, tradicionalmente, boa parte dos casais sempre gasta suas economias com vestuário e acessórios.

Boa parte deles é produzida justamente no pólo do Centro-oeste mineiro. A jovem Brenda Carvalho, de 19 anos e com três meses de namoro, deseja comprar uma boa roupa para o namorado. Mas ela ficou desempregada há algumas semanas. Resultado: dará ao amado uma lembrança. “Eu era operadora de caixa. Ainda não consegui uma nova vaga. Com isso, penso em comprar para meu namorado algo abaixo de R$ 100”.

 

Situação é pior do que o esperado

 

Diante da retração econômica que assola o país, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) deve rever para mais a previsão de queda no faturamento anual do parque fabril. No início de 2015, a entidade apostava numa redução de 5,19%. O novo índice deve ser divulgado nos próximos dias.

“Todos os indicadores devem fechar esse ano no vermelho. Como o segundo trimestre se mostra com a atividade (econômica) bem desaquecida, é bem provavelmente que a queda seja maior que 5,2%”, esclareceu Annelise Fonseca, economista da entidade.

De acordo com o presidente do Conselho de Política Econômica e Industrial da Fiemg, Lincoln Gonçalves Fernandes, o segundo trimestre do ano está sendo pior do que o primeiro trimestre. “O primeiro trimestre foi ruim. O segundo está sendo e será pior”, disse. Para o ano, a entidade prevê uma queda de 5,19% no faturamento das fábricas. “Com certeza vamos revisar o porcentual para baixo em junho, porque não há perspectivas de melhora”, ressaltou, sem cravar ainda um valor.
 http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2015/06/04/internas_econo...

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Isto não é privilegio do centro-oeste de Minas, infelizmente atinge todo o estado, de norte a sul, não sabemos onde o ramo de confecção vai parar. O pior que não vemos nada que nos guie para dias melhores, a perspectiva é que continue piorando, se nada mudar na economia.

Reflexos de dólar alto (prejudicando importação de tecidos e insumos, maquinas etc), juros alto e inflação.

Some-se isso a impostos absurdos (47% na média SOBRE TUDO) e com previsão de aumento.

Onde o mercado de confecção vai parar? No limbo, como a maioria, excetuando-se o de lenços, obviamente. Com tanta gente chorando...

Antes que me chamem de prolixo (falo demais), vou dar a solução e ela é simples: um Estado menor. Menos serviços públicos de péssima qualidade, menos empresas estatais com baixíssima produtividade, menos funcionários do Estado, com estabilidade para não trabalhar ou viver de licença.

Essa paixão que o brasileiro tem por um Estado enorme vai levar a maioria a bancarrota. Peguem as pesquisas recentes: mais de 50% dos jovens em formação superior querem passar em concursos públicos. Só que poucos entendem que essa estabilidade e salários altíssimos são bancados por quem está na iniciativa privada, com quem paga impostos, quem sobrevive de empreender, enquanto eles deitam em berço esplêndido.

Nosso caminho do jeito que as coisas estão é a Argentina. Mais de 60% das pessoas empregadas lá são funcionários públicos. Em um país onde a máquina todo mês tende a parar de tão inchada, o jeito é imprimir dinheiro, que provoca inflação. Resultado, milhões de pessoas cada vez mais pobres, totalmente dependentes de um Estado totalmente falido.

E lá como cá eles querem mudança? Não. Pergunte a qualquer pessoa se elas preferem as coisas do jeito que estão, ou se houver uma proposta onde tudo fosse pago, desde saúde até educação, mas os impostos seriam 1/10 do que são hoje. Ninguém quer.

É a velha ilusão do Estado Grátis. Tudo que o governo diz que "dá", "promove", "concede", primeiramente é nosso. Ele primeiro arranca nosso dinheiro para escolher a dedo (podre) como vai fazer, com a desculpa que é "público". Desde a escola que seu filho estuda até o policial que faz patrulha nas casas. Isso é tudo pago por nós, mas não escolhemos nossos fornecedores.

Lá fora a gasolina está, em média R$ 1,50 por litro. Por que aqui pagamos R$ 3,00? Porque pela lei deles, temos que comprar gasolina somente da Petrobrás. A que custo? A quem isso beneficia? 100 mil concursados com estabilidade ganhando absurdos, milhares de políticos e seus parentes roubando horrores, e 200 milhões de brasileiros pagando isso. Bem vindos a Democracia.

Sem resumir nada (pois tem bastante gente olhando pro teto sem pedidos ultimamente), eu dou as soluções em linha, muito simples de implementar, e o resto será somente consequência do futuro:

1- Indexação da moeda ao dólar ou euro, criando um parâmentro fixo para proibir a impressão de dinheiro e subida da inflação. Só isso atrairia coisa de US$ 1 tri em investimentos ao país

2- Privatizar a princípio TODAS as empresas estatais. Abrir o mercado. Mais US$ 1 tri em investimentos.

3- Criar mais áreas como a Zona Franca de Manaus, com impostos de importação e Exportação zerados. Só isso atrairia mais uns US$ 500 bi em investimentos. Na China existem 30 Zonas Especiais de livre comércio. 30. E são um país comunista.

4- Mudar radicalmente a política tributária. Eliminar ICMS, e principalmente o IPI (onde já se viu punir quem produz? Só no Brasil). Para se ter uma idéia, na China, um país comunista, empresas pagam apenas 14% de imposto de renda. Ouviram bem, 14% sobre seu lucro.

5- Desmembrar radicalmente todas as políticas assistencialistas que desincentivam as pessoas a trabalhar, como o SUS. Sabiam (olha eu prolixo novamente) que na China não existe saúde pública. Em um país comunista.

6- Acabar com órgãos cartelizadores como ANVISA, ANATEL, ANA, ANEEL, etc, que só servem para proteger meia dúzia, que acaba mais ou menos como empresas estatais disfarçadas de privadas.

7- Sair do Mercosul, que só serve para dar de graça a única coisa que temos para vender.

8- Acabar com o BNDES. Para que um banco que pega dinheiro do Tesouro (e o faz imprimir mais, causando inflação), e empresta só aos seus amigos? Cada kilo de carne que você come tem a parcela do BNDES + o dinheiro do tesouro embutido. Bom isso né?

9- Mudar radicalmente o código civil, protegendo a propriedade privada a todo custo.

Bem pessoal, fechando bestamente minhas contas, em 5 anos isso aqui vai virar um país decente.

Pensem nisso, e se concordarem, mobilizem seus amigos e parentes para forçarmos aqueles que colocamos lá em Brasília. Eles tem a obrigação de fazer. Foram eleitos por nós, votando neles ou não.

Abraços,

Henrique Zucatelli

   Parabéns , Zucatelli vc está coberto de razões.

Henrique Zucatelli disse:

Reflexos de dólar alto (prejudicando importação de tecidos e insumos, maquinas etc), juros alto e inflação.

Some-se isso a impostos absurdos (47% na média SOBRE TUDO) e com previsão de aumento.

Onde o mercado de confecção vai parar? No limbo, como a maioria, excetuando-se o de lenços, obviamente. Com tanta gente chorando...

Antes que me chamem de prolixo (falo demais), vou dar a solução e ela é simples: um Estado menor. Menos serviços públicos de péssima qualidade, menos empresas estatais com baixíssima produtividade, menos funcionários do Estado, com estabilidade para não trabalhar ou viver de licença.

Essa paixão que o brasileiro tem por um Estado enorme vai levar a maioria a bancarrota. Peguem as pesquisas recentes: mais de 50% dos jovens em formação superior querem passar em concursos públicos. Só que poucos entendem que essa estabilidade e salários altíssimos são bancados por quem está na iniciativa privada, com quem paga impostos, quem sobrevive de empreender, enquanto eles deitam em berço esplêndido.

Nosso caminho do jeito que as coisas estão é a Argentina. Mais de 60% das pessoas empregadas lá são funcionários públicos. Em um país onde a máquina todo mês tende a parar de tão inchada, o jeito é imprimir dinheiro, que provoca inflação. Resultado, milhões de pessoas cada vez mais pobres, totalmente dependentes de um Estado totalmente falido.

E lá como cá eles querem mudança? Não. Pergunte a qualquer pessoa se elas preferem as coisas do jeito que estão, ou se houver uma proposta onde tudo fosse pago, desde saúde até educação, mas os impostos seriam 1/10 do que são hoje. Ninguém quer.

É a velha ilusão do Estado Grátis. Tudo que o governo diz que "dá", "promove", "concede", primeiramente é nosso. Ele primeiro arranca nosso dinheiro para escolher a dedo (podre) como vai fazer, com a desculpa que é "público". Desde a escola que seu filho estuda até o policial que faz patrulha nas casas. Isso é tudo pago por nós, mas não escolhemos nossos fornecedores.

Lá fora a gasolina está, em média R$ 1,50 por litro. Por que aqui pagamos R$ 3,00? Porque pela lei deles, temos que comprar gasolina somente da Petrobrás. A que custo? A quem isso beneficia? 100 mil concursados com estabilidade ganhando absurdos, milhares de políticos e seus parentes roubando horrores, e 200 milhões de brasileiros pagando isso. Bem vindos a Democracia.

Sem resumir nada (pois tem bastante gente olhando pro teto sem pedidos ultimamente), eu dou as soluções em linha, muito simples de implementar, e o resto será somente consequência do futuro:

1- Indexação da moeda ao dólar ou euro, criando um parâmentro fixo para proibir a impressão de dinheiro e subida da inflação. Só isso atrairia coisa de US$ 1 tri em investimentos ao país

2- Privatizar a princípio TODAS as empresas estatais. Abrir o mercado. Mais US$ 1 tri em investimentos.

3- Criar mais áreas como a Zona Franca de Manaus, com impostos de importação e Exportação zerados. Só isso atrairia mais uns US$ 500 bi em investimentos. Na China existem 30 Zonas Especiais de livre comércio. 30. E são um país comunista.

4- Mudar radicalmente a política tributária. Eliminar ICMS, e principalmente o IPI (onde já se viu punir quem produz? Só no Brasil). Para se ter uma idéia, na China, um país comunista, empresas pagam apenas 14% de imposto de renda. Ouviram bem, 14% sobre seu lucro.

5- Desmembrar radicalmente todas as políticas assistencialistas que desincentivam as pessoas a trabalhar, como o SUS. Sabiam (olha eu prolixo novamente) que na China não existe saúde pública. Em um país comunista.

6- Acabar com órgãos cartelizadores como ANVISA, ANATEL, ANA, ANEEL, etc, que só servem para proteger meia dúzia, que acaba mais ou menos como empresas estatais disfarçadas de privadas.

7- Sair do Mercosul, que só serve para dar de graça a única coisa que temos para vender.

8- Acabar com o BNDES. Para que um banco que pega dinheiro do Tesouro (e o faz imprimir mais, causando inflação), e empresta só aos seus amigos? Cada kilo de carne que você come tem a parcela do BNDES + o dinheiro do tesouro embutido. Bom isso né?

9- Mudar radicalmente o código civil, protegendo a propriedade privada a todo custo.

Bem pessoal, fechando bestamente minhas contas, em 5 anos isso aqui vai virar um país decente.

Pensem nisso, e se concordarem, mobilizem seus amigos e parentes para forçarmos aqueles que colocamos lá em Brasília. Eles tem a obrigação de fazer. Foram eleitos por nós, votando neles ou não.

Abraços,

Henrique Zucatelli

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