Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Indústria da moda põe esforços na produção de máscaras proteção

Na luta contra o novo coronavírus, o Covid-19, diversas empresas da indústria têxtil tem colocado esforços na produção de máscaras de proteção. No Brasil, o Grupo Lunelli acaba de anunciar a confecção de 30 mil máscaras de tecido que serão doadas para a população. Pelo mundo, a iniciativa dada inicialmente no setor chinês é replicada cada vez mais.

Grupo Lunelli produz 30 mil máscaras de tecido para doação

Com sede em Santa Cataria, o Grupo Lunelli aderiu a medida disponibilizando matéria-prima e mão de obra em kits de higienização, que acompanham orientações para a lavagem – com água e sabão neutro – e enxágue do produto. A ideia é oferecer as máscaras de tecido para para profissionais de atividades essenciais, como saúde e segurança pública.

Vale destacar que, na última semana, o Grupo realizou a doação de dez respiradores mecânicos ao Hospital Municipal São José de Jaraguá do Sul. Cada equipamento tem um valor total de R$ 425 mil, e são necessários para o tratamento de casos graves do Covid-19.

Também em Santa Catarina, a têxtil TZE vai distribuir, gratuitamente, cerca de 1,5 mil máscaras para auxiliar na prevenção contra a Covid-19 na região do Vale do Itajaí. O item é produzido com tecido de tricoline e 100% algodão, que é altamente resistente, mas ao mesmo tempo é leve e permite que a pessoa respire sem sufocar.

Lavável e reutilizável, a máscara é dupla, o que aumenta a proteção. A entrega será realizada para os colaboradores da empresa e profissionais que ficam na linha de frente nos atendimentos de saúde.

Máscaras confeccionadas pela TZE

Partindo para a França, a Tissages de Charlieu anunciou sua intenção de fabricar máscaras laváveis ​​em escala industrial. A empresa já conta com um protótipo desenvolvido deve receber nesta semana a aprovação da Diretoria Geral de Armamentos do país. “Transferiremos todas as informações à indústria têxtil francesa, para que todos possamos nos mobilizar e oferecer a maior quantidade possível”, afirmou a empresa em comunicado.

A fábrica, localizada no norte de Roanne, geralmente cria tecidos jacquard para os setores da moda e da aeronáutica e tem capacidade para produzir entre 30 e 50 mil máscaras por dia, adaptando suas máquinas.

A iniciativa ganhou espaço na também francesa Atelier Tuffery, especialista em jeans. A empresa está buscando fabricar máscaras e disponibiliza-las gratuitamente para quem precisar. “Trata-se de oferecer soluções alternativas para a fabricação de máscaras de proteção simples, não (os modelos) FFP2 ou FFP3”, especificou.

Outros players da indústria se prontificaram a ação, incluindo o presidente da União Francesa das Indústrias da Moda e Vestuário (UFIMH), Marc Pradal, que pretende propor a produção dessas máscaras aos seus colegas, e Annick Jéhanne (da associação Nordcréa), que deve usar a oficina localizada em Roubaix que dirige, a Plateau Fertile, para o mesmo fim.

A Itália, que tem tido o pior cenário em relação ao coronavírus nos últimos dias, também se tornou foco de ações parecidas. O grupo de moda Miroglio mobilizou parte de sua produção para a fabricação de máscaras laváveis, com o objetivo de atingir um volume de 600 mil máscaras em duas semanas. Segundo o jornal italiano Corriere della Sera, a região deu sinal verde mas, no entanto, ainda não obteve a certificação CE.

Outro exemplo está no fabricante de gravatas Talarico Cravatte, localizado na Calábria, que decidiu usar seus restos de tecido para fazer máscaras, segundo a AFP. “Os recursos arrecadados serão destinados à região da Calábria, para que possam ser comprados equipamentos médicos”, explicou o gestor da empresa, Maurizio Talarico.

Vale destacar ainda os esforços na fabricação de álcool gel, outro item essencial na luta conta o Covid-19 e que tem se encontrado em falta no mercado. Recentemente, o grupo de luxo LVMH anunciou que começaria a fabricar álcool gel em grandes quantidades em três de suas fábricas de perfumaria francesas para fornecer a hospitais gratuitamente.

A expectativa é que mais iniciativas como esta surjam na indústria da moda nos próximos dias – época em que a pandemia tende a se agravar. O uso de máscaras de proteção, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Ministério da Saúde do Brasil, é aconselhado somente para pessoas com sintomas do novo coronavírus e profissionais que lidam com a doença diariamente.

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