Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Indústria está pouco preparada para a Revolução Digital

Estudo da consultoria IDC avalia que os segmentos de manufatura, incluindo o têxtil, e o de comércio, abrangendo o varejo, têm um longo caminho a percorrer na área de automação

Empresas brasileiras das áreas de indústria, comércio, finanças e serviços estão pouco preparadas para a transformação digital. Uma pesquisa realizada pela consultoria IDC com o patrocínio da Dell EMC e da Intel, chamada de Indicador de Transformação da TI, concluiu que, em uma escala de 0 a 100, as companhias instaladas no Brasil atingiram a média de 43,7 pontos, mostrando que têm um longo caminho a percorrer até que o ambiente tecnológico esteja completamente preparado para suportar as demandas por digitalização. O segmento de Comércio teve nota 40,1, que abrange o varejo; Finanças 45,2; Manufatura 44, incluindo a indústria têxtil, e Serviços, que teve nota 43.

O estudo entrevistou 250 profissionais responsáveis pela decisão de compra da infraestrutura de tecnologia da informação (TI) de empresas privadas com mais de 250 funcionários. A análise, realizada no segundo semestre de 2017, avaliou três grandes indicadores essenciais para a maturidade dos ambientes tecnológicos para suportar a transformação digital dos negócios: Processos Internos e Cultura, Automação de Processos e Modernização da Infraestrutura.

De acordo com o estudo, a Automação de Processos foi o tema com os mais baixos resultados (média de 33,9 pontos) entre os indicadores. Em seguida estão a Modernização da Infraestrutura (com 42 pontos) e os Processos Internos e Cultura (com 55,2 pontos).



INOVAÇÃO A PASSOS LENTOS
Para suportar a digitalização dos negócios são necessárias infraestruturas flexíveis e escaláveis, com processos automatizados, explica Marcelo Medeiros, vice-presidente da divisão de Soluções Computacionais e de Redes da Dell EMC durante a apresentação da pesquisa no último dia 1º, em São Paulo. O estudo mostra que a virtualização tem sido o principal ponto avaliado pelos gestores da infraestrutura de TI para automação e gestão dos ambientes, e para ter mais flexibilidade de modo a atender novas demandas. Os servidores têm sido um dos recursos mais virtualizados pelas empresas, com 67% dos entrevistados indicando que apresentam de 51% a 100% do processamento em máquinas virtuais. Em contrapartida, os equipamentos de rede aparecem como um dos recursos menos virtualizados, com mais da metade dos entrevistados não utilizando esse ambiente.

Apesar de o estudo demonstrar que Processos Internos e Cultura são o tema mais bem posicionado pelas organizações para suportar a transformação digital, apenas 19% dos entrevistados afirmam realizar a análise de ROI (retorno sobre investimento) de 100% dos projetos de TI, mostrando a dificuldade enfrentada de comprovar resultados para as áreas de negócio.

Ainda de acordo com o levantamento, mais de 47% das empresas investem acima de 60% dos orçamentos de TI no legado e menos de 40% em iniciativas de transformação ou associadas à inovação. Segundo Pietro Delai, gerente de pesquisa e consultoria da IDC, o estudo trouxe uma visão interessante dos próprios gestores de TI, que se sentem melhor avaliados pelas áreas de negócio quando investem mais em inovação que no legado.

http://gbljeans.com.br/especial_view.php?cod_noticia=7927&cod_e...

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Se fizessem exclusivamente no segmento de confecção, essa média seria bem mais baixa. Muitas marcas que se dizem grifes, usam sistemas integrados de gerenciamento, apenas para emissão de nota fiscal. Na área financeira, dependem totalmente dos bancos para controle do contas a receber. Fluxo de caixa? Planejamento? são planilhas alimentadas "quando dá tempo". Já na parte de CAD CAN, no máximo, um sistemade moldes digitalizados, pois as modelistas "preferem fazer no papel que dá mais certo". As máquinas de costura ainda utilizam motores a fricção e as poucas eletrônicas são usadas apenas para cortar linha. E gestores continuam enchendo o peito para falar em indústria 4.0.

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