Indústria têxtil chama feira de produtos chineses de afronta; organizador do evento informa que objetivo era reduzir custos de viagem para os brasileiros.
Representantes da indústria têxtil e de vestuário de várias regiões do Brasil se reuniram no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo, para protestar contra a Gotex Show - Feira Internacional de Produtos Têxteis, que reuniu dezenas de expositores chineses. Para os empresários brasileiros, o estímulo ao aumento de importações de mercadorias da China soou como provocação. "Isso é uma afronta", bravejou o empresário Ronald Masijah, que preside o Sindivestuário (Sindicato da Indústria do Vestuário), em declaração que estampou manchetes de vários sites de notícias do País.
É importante lembrar a importância de preservar a indústria brasileira de confecção, que é a quarta maior do mundo - a maior fora da Ásia - e emprega milhões de pessoas. No entanto, não é apenas evitando a presença chinesa que as vendas da indústria brasileira irão prevalecer. O Governo Federal precisa compreender que a aplicação de impostos em cascata inviabiliza a disputa no concorrido mercado internacional.
A maior parte das reclamações dos representantes brasileiros do setor têxtil tem base nas políticas de Estado de outras nações, que oferecem muitos subsídios e investimentos a juros zero aos produtores. É de conhecimento geral que sai mais barato trazer um contêiner da China a um porto brasileiro do que enviar essa mesma unidade ao Centro-Oeste no País.
Sendo assim, o "grito de alerta" feito no Anhembi, liderado pela Força Sindical, pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados (Concaccovest) teve como objetivo expor a situação às autoridades e "discutir medidas que preservem o emprego e os fabricantes desse setor". Segundo dados do IBGE, dese janeiro o setor demitiu cerca de 55 mil trabalhadores: 10.422 do setor têxtil e 44.579 no de vestuário.
Em contrapartida, o diretor do grupo organizador do evento - China Trade Center -, Pan Faming, distribuiu comunicado informando que o objetivo da feira é ser uma fonte de produtos para as confecções brasileiras, reduzindo custos de viagem, sem comprometer empregos dos trabalhadores brasileiros.
Fonte: www.interface.eng.br
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Sr. Edgard Egon, concordo em nº , grau e gênero; mas acrescento que para tudo isso vir acontecer um dia, temos que começar por uma união a favor desta situação e lutar por tal desde já e sempre. Aí te pergunto, "onde estão as pessoas que acreditam nisso e são honestas capacitadas e têm disposição e força, e possuam um contingente para dirigir a NAÇÃO neste sentido" ?
Senhores,
Em 1990 o Collor abriu o mercado brasileiro ao comercio internacional, nos dando uma amostra (não grátis) do que seria a concorrência internacional.- a cidade de Americana-SP quase quebrou.
Desde 1994 quando o GATT anunciou o acordo Multifibras todos sabíamos que isto iria acontecer.
Quando a China foi aceita em dezembro de 2001 na OMC, depois de 30 anos de preparo de sua estrutura têxtil, já podíamos prever alguma coisa .
Quando a globalização foi assumida como alternativa mundial para o desenvolvimento econômico das nações no fim do século passado, já devíamos esperar que alguém iria ficar de olho no nosso mercado têxtil (o 5º do mundo).
Agora a política econômica anunciada é de contínuas trocas no comercio internacional e a opção dos governantes que elegemos (por isso não podemos reclamar) é de exportação de matérias-primas e dos recursos naturais e de longe se pensa na competitividade do país.
Pensar que o governo irá defender o setor têxtil não é coerente com os fatos que temos. Somos péssimos recolhedores de impostos; nossa mão de obra já foi reduzida à metade desde 1995 - e nada aconteceu e continuamos a ter falta de costureiras; na importação é cobrado e dificilmente sonegado o imposto de importação; o varejo nacional está sendo invadido por redes internacionais - que no futuro terão força política para romper as barreiras alfandegárias que ainda resta - e ainda deverá negociar com o governo a redução no Imposto de importação dando em contrapartida maior inclusão fiscal nas vendas no varejo.
Diante desse cenário, chorar e espernear não adiantará. Os governos sabem que logo cansaremos e iremos aceitar.
Pedir isenção disto ou daquilo - os governos já vem concedendo aos poucos nos últimos 10 anos - (lógico que todos os elos de nossa cadeia recolhem seus impostos, e não existem "meia-nota", "nota espelhada"; "dúzia de seis"; e emitimos Nfe no varejo)
Alegar que a mão-de-obra internacional de vestuário é explorada também não podemos (afinal , não fazemos "por fora" nos salários; não exploramos a "mão-de-obra boliviana" nos bairros de SP; não fazemos "leilão" entre oficinas de costura terceirizada, muitas vezes sabendo que o preço pago está abaixo do custo do serviço).
Então, ou iremos tratar de maneira racional a situação ou continuaremos a reclamar e chorar "e a caravana continuará passando".
E por maneira racional, digo, nos organizar em políticas setoriais e num planejamento nacional para o setor.
Estudar como Alemanha, Itália, Bélgica, França conseguem ser listados entre os exportadores têxteis do mundo com 20 ou 30 vezes do volume brasileiro. Afinal temos que nos espelhar no desenvolvimento econômico desses países no setor têxtil e não em países como México , Bangladesh, Camboja que comprimiram o poder de compra da mão de obra do vestuário em 20% de 2001 a 2011.
Temos que estudar como Portugal está exportando para a China 37% de seus produtos exportados (300 milhões de euros em agosto/2013). Um país que teve 75% de seu parque industrial reduzido até 2006 "devido a liberação no comércio internacional "(- análise do Banco de Portugal em relatório de 2006).
Estudar e procurar alternativas é mais difícil do que chorar e defender o Lula ou o FHC, jogando a culpa nos governos elegidos pelo povo. - É politicamente correto fazer isso, e soar como soberba o que estou postando, mas senhores e senhoras, não temos outras alternativas. Ninguém sente a dor de outro, por isso não esperemos que outros resolvam o problema de nosso setor.
Hilario Aleixo Munhoz disse:
Senhores,
Em 1990 o Collor abriu o mercado brasileiro ao comercio internacional, nos dando uma amostra (não grátis) do que seria a concorrência internacional.- a cidade de Americana-SP quase quebrou.
Desde 1994 quando o GATT anunciou o acordo Multifibras todos sabíamos que isto iria acontecer.
Quando a China foi aceita em dezembro de 2001 na OMC, depois de 30 anos de preparo de sua estrutura têxtil, já podíamos prever alguma coisa .
Quando a globalização foi assumida como alternativa mundial para o desenvolvimento econômico das nações no fim do século passado, já devíamos esperar que alguém iria ficar de olho no nosso mercado têxtil (o 5º do mundo).
Agora a política econômica anunciada é de contínuas trocas no comercio internacional e a opção dos governantes que elegemos (por isso não podemos reclamar) é de exportação de matérias-primas e dos recursos naturais e de longe se pensa na competitividade do país.
Pensar que o governo irá defender o setor têxtil não é coerente com os fatos que temos. Somos péssimos recolhedores de impostos; nossa mão de obra já foi reduzida à metade desde 1995 - e nada aconteceu e continuamos a ter falta de costureiras; na importação é cobrado e dificilmente sonegado o imposto de importação; o varejo nacional está sendo invadido por redes internacionais - que no futuro terão força política para romper as barreiras alfandegárias que ainda resta - e ainda deverá negociar com o governo a redução no Imposto de importação dando em contrapartida maior inclusão fiscal nas vendas no varejo.
Diante desse cenário, chorar e espernear não adiantará. Os governos sabem que logo cansaremos e iremos aceitar.
Pedir isenção disto ou daquilo - os governos já vem concedendo aos poucos nos últimos 10 anos - (lógico que todos os elos de nossa cadeia recolhem seus impostos, e não existem "meia-nota", "nota espelhada"; "dúzia de seis"; e emitimos Nfe no varejo)
Alegar que a mão-de-obra internacional de vestuário é explorada também não podemos (afinal , não fazemos "por fora" nos salários; não exploramos a "mão-de-obra boliviana" nos bairros de SP; não fazemos "leilão" entre oficinas de costura terceirizada, muitas vezes sabendo que o preço pago está abaixo do custo do serviço).
Então, ou iremos tratar de maneira racional a situação ou continuaremos a reclamar e chorar "e a caravana continuará passando".
E por maneira racional, digo, nos organizar em políticas setoriais e num planejamento nacional para o setor.
Estudar como Alemanha, Itália, Bélgica, França conseguem ser listados entre os exportadores têxteis do mundo com 20 ou 30 vezes do volume brasileiro. Afinal temos que nos espelhar no desenvolvimento econômico desses países no setor têxtil e não em países como México , Bangladesh, Camboja que comprimiram o poder de compra da mão de obra do vestuário em 20% de 2001 a 2011.
Temos que estudar como Portugal está exportando para a China 37% de seus produtos exportados (300 milhões de euros em agosto/2013). Um país que teve 75% de seu parque industrial reduzido até 2006 "devido a liberação no comércio internacional "(- análise do Banco de Portugal em relatório de 2006).
Estudar e procurar alternativas é mais difícil do que chorar e defender o Lula ou o FHC, jogando a culpa nos governos elegidos pelo povo. - É politicamente correto fazer isso, e soar como soberba o que estou postando, mas senhores e senhoras, não temos outras alternativas. Ninguém sente a dor de outro, por isso não esperemos que outros resolvam o problema de nosso setor.
sim Edgar seus pontos de vista são bons. mas Política como esta de hoje, não vai chegar a lugar nenhum, pois todos os países, querem vender seu produto, e o erro de muitos foi nunca tentar entender como deve ser a globalização, pois ela deve ser para ajudar cada um e encontrar seu caminho e juntos alimentar os povos, esse negocio do Brasil, ser o celeiro do mundo, será sempre uma utopia, pois primeiro, temos que educar nosso povo, e com isso, conhecer as culturas de cada um, e não esta educação nulo, que temos onde, onde as crianças, forçadas a prender coisas que nunca nunca vão usar, e com isso, não sabe nem o potencial que a natureza do planeta poder servir, são politicas apenas eleitoral, para apenas 4 anos e no maximo se realeger mais 4, hoje os estados unidos que levou sua produção para a china esta pagando caro por tudo isso, e não tem mais dinheiro para bancar suas guerras e seus erros, pois lá, empreadas domestica é estrangeira, e as pessoas que vão para lá, elogia tanta aquele país que da dó, nos temos que rever tudo, pois não é somente o setor textil não, é tudo mesmo, e a politica tem que mudar seu rumo, assim como cada um de nós, e não será aqui, mas na união de todos nós, com projetos e que muita luta.
Foi em 1996 ou 97, não tenho certeza neste momento, fomos convidados pelo Instituto de Comércio Exterior Italiano para fazer parte de uma comitiva e visitar uma feira em Bologna. Naquele evento, a outra delegação convidada foi uma chinesa. Já percebíamos a diferença no tratamento com relação aos chineses, pois para os italianos eram uma grande esperança de bons negócios. Lembro-me, entre outros, dos discursos na prefeitura de Verona, das boas vindas a todos, mas especialmente a China que se abria para o comércio exterior. O tiro saiu pela culatra. Anos depois, não muito, três a quatro, todo o distrito de Carpi e a região produtora de têxteis e confecções da Emilia Romagna sentiu o baque, deixando de serem exportadores para serem importadores. Foram pelo ralo milhares de empregos e aquilo que era o orgulho italiano, deixou de existir pela ganância do ganho rápido de muitos produtores e distribuidores. Estamos indo pelo mesmo caminho e vamos pagar as consequências de um governo que não entende que o governo chinês só tem um objetivo: dominar a produção de produtos de uso intensivo de mão-de-obra. O têxtil e confecção é uma prioridade. Lamento quando um amigo meu, gerente de um confecção de porte respeitável aqui de nossa região (norte de SC), dizia cheio de orgulho que ele e o patrão estavam embarcando no sábado para China com o objetivo de comprar produtos para concorrer com outras empresas no Brasil por causa do custo. Meu Deus! Será que ninguém vê o que está acontecendo e suas consequências? Como consultor de uma empresa de confecção, em nossa última reunião, apresentando o fatos, sugeri descolar do mercado de preços e partir para produção de produtos mais elaborados, enquanto houver tempo. O Sr. Pan Faming está com o mesmo discurso usado na Itália por seus conterrâneos - com a China não há ganhos neste setor, apenas perdas no médio e longo prazo. Já não temos mai prazo, pois as perdas já estão aí.
Uma boa descrição de como funciona o processo.
vamos da nomes, a boiada PT,PMDB,PSDB..........E NAO ME LEMBRO MAIS.............TEM MAIS, SOMOS TODOS CORUPITOS.............AMBISOIOSOS, TAMBEMMMMMMMMMMMMMMM.......TUDO POR DINHEIRO..........BRASIL MOSTRA A SUA CARA.............
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