Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Indústria têxtil do CE prevê avançar 3% ao ano até 2021

Setor prevê reduzir a ociosidade das fábricas e recuperar a geração de vagas de emprego no Estado


 por Bruno Cabral -

A indústria têxtil responde por cerca de 3% do Produto Interno Bruto do Estado e é responsável por quase 20% dos empregos gerados pela indústria ( FOTO: SAULO ROBERTO )

Após três anos seguidos de queda e com um leve crescimento no ano passado, o mercado da indústria têxtil do Ceará projeta um avanço médio anual superior a 3% deste ano até 2021. Se durante o ano de 2017 já houve sinais de melhora para o setor, principalmente no quarto trimestre, a expectativa para 2018 é de incremento da produção, redução da capacidade ociosa das fábricas e de recuperação de postos de trabalho.

"Em 2017, começamos a sentir uma movimentação positiva, até porque havia um grande desabastecimento provocado pela crise nos anos anteriores. E para os próximos anos, a gente tem uma perspectiva muito boa", diz Kelly Whitehurst, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem em Geral no Estado do Ceará (Sinditêxtil).

Segundo Whitehurst, no ano passado o setor têxtil e de confecções no Estado cresceu aproximadamente 2% e o Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) aponta para este ano um crescimento de 3% da indústria nacional. Além da crise, a presidente do Sinditêxtil diz que, nos últimos anos, o setor sofreu com a falta de uma política nacional para a indústria têxtil, que enfrentou um "crescimento desenfreado" da concorrência de produtos importados. "A gente perdeu muitos postos de trabalho, e quando a crise se instaurou em outros segmentos, o setor têxtil teve perdas drásticas".

Mão de obra

Com cerca de 3% de participação no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, a indústria têxtil e de confecção é responsável por quase 20% dos empregos gerados pela indústria do Estado. Hoje, a cadeia têxtil emprega aproximadamente 50 mil pessoas, número que chegou a mais de 65 mil. "Embora ainda estejamos abaixo do pico, o número de empregos está crescendo. No final do ano passado nós estávamos com 43 mil empregados", diz Lélio Matias, presidente do Sindicato da Indústria de Alfaiataria e de Confecção de Roupas de Homem de Fortaleza (Sindroupas).

"O emprego já começou a reagir. Mas ainda não chegou ao número que se espera, até porque as empresas enxugaram seus quadros para poder passar por essa turbulência. Mas, hoje, o setor está começando a se readequar", diz Matias. Atualmente, o Ceará é responsável por cerca de 40% de toda mão de obra empregada na cadeia têxtil e de confecção do Norte e Nordeste. E a indústria local ainda opera com uma capacidade ociosa em torno de 20%.

Embora esteja otimista com as perspectivas para 2018, Matias diz que a carga tributária estadual se tornou um dos gargalos para o desenvolvimento da indústria do Estado, tornando difícil a competição com vizinhos como Pernambuco e Alagoas e, até, o Espírito Santo. "O consumidor voltou a comprar, o que é ótimo, mas nós competimos com o mundo todo, e alguns estados chegaram a zerar suas alíquotas de ICMS. E um diferencial de 8%, num mercado tão competitivo como o nosso, é bastante representativo", diz.

Historicamente, a moda tem sido um dos diferenciais do setor de confecções cearense, mas o desafio é dar visibilidade à produção local, diz Elano Guilherme, presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção do Estado do Ceará (Sindconfecções). "O Ceará é reconhecido como um grande produtor de moda e por produzir peças com qualidade, mas nos últimos anos surgiram novos mercados e o Ceará foi deixado um pouco de lado".

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