As indústrias têxteis e de confecções encerraram o primeiro semestre com piora em praticamente todos os indicadores, como resultado do cenário de recessão no país. Para a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o setor tende a apresentar alguma melhora na segunda metade do ano. "Os números do primeiro semestre ainda foram muito ruins, mas a sensação é que parou de piorar. Em alguns segmentos começa a haver uma melhora. Posso dizer que começo a ver luz no fim do túnel", afirmou Rafael Cervone, presidente da Abit.
Cervone observou que, em 2015, as indústrias e o varejo começaram o ano com estoques muito altos e levaram o ano todo para reduzir o nível de estocagem. O ano de 2016 começou com estoques mais baixos. "As compras do varejo estão menores, mas as empresas estão preparadas para receber mais volumes de produtos, quando houver uma retomada do consumo", disse. O presidente da Abit afirmou esperar uma retomada da confiança dos empresários assim que forem definidas ações do governo relacionadas à carga tributária e política cambial, entre outras questões.
A produção física no primeiro semestre fechou em queda de 9,2%, em comparação com o mesmo período do ano passado. A produção têxtil caiu 13% e a de confecções teve redução de 11,6%. O uso da capacidade instalada chegou a 78,8% na indústria têxtil e a 83,3% no segmento de vestuário. No varejo, o setor têxtil e de confecção apresentou uma queda de 12,7% em volume de vendas, de janeiro a maio. A receita nominal encolheu 7,3%. As exportações tiveram queda de 9,11%, para US$ 490 milhões. As importações recuaram 39,13%, para US$ 2,013 bilhões. A balança comercial têxtil fechou o semestre com déficit de US$ 1,523 bilhão, queda de 44,97% em comparação com o saldo dos seis primeiros meses de 2015
Para o ano, a Abit projeta uma produção estável, revertendo a queda de 9,2% do primeiro semestre. Para a produção têxtil, a previsão é de crescimento de 6% no ano, chegando a 2 milhões de toneladas. No caso de vestuário, a produção está estimada em 5,8 bilhões de peças, com alta de 5,5% no ano. A previsão é que o varejo encerre 2016 com retração de 4%, para 6,3 bilhões de peças. Em receita nominal, o aumento será de 4,9%, para R$ 127 bilhões. Cervone calcula que, neste ano, haverá uma substituição de importados por produção local da ordem de 350 milhões de peças de vestuário e 300 mil toneladas de produtos têxteis. Para a balança comercial, a Abit prevê um déficit de US$ 1,6 bilhão.
Cervone disse que a indústria nacional têm condições de aumentar a produção neste semestre, desde que o varejo programe com mais antecedência suas encomendas. "O varejo importa coleções com seis meses de antecedência, se fizerem uma programação parecida com as indústrias locais, não haverá problemas."
http://www.sintex.org.br/noticia/2016/08/03/industria-textil-e-de-c...
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Romildo,
esta é uma notícia alvissareira. Ainda bem, que o cenário começa a melhorar.
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