Setor sugere a inclusão de um kit enxoval nos benefícios do Minha Casa Melhor e redução dos impostos federais para enfrentar a concorrência externa
O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges, disse nesta quinta-feira (31) que o governo analisa a possibilidade de criar um regime tributário diferenciado para o setor têxtil e de confecção e de incluir um kit enxoval, formado por 39 produtos de cama, mesa e banho, entre os benefícios do programa federal Minha Casa Melhor. As duas propostas foram apresentadas ao governo pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), com o objetivo de elevar a competitividade do setor, que sofre com a concorrência de competidores estrangeiros.
“Continuaremos lutando por esse regime no ano que vem, pois o setor é altamente relevante para o país, pois tem efeito multiplicador muito grande”, afirmou Borges, durante evento no Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (CETIQT), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Borges participou de reunião de Conselho da ABIT, realizada na sede do SENAI CETIQT, no Rio de Janeiro, em que foi anunciado o investimento de R$ 50 milhões na modernização da unidade.
A ABIT propõe que a alíquota dos tributos federais sobre setor que hoje giram, em média, entre 18% e 22%, caia para cerca de 6%, segundo o presidente da ABIT, Aguinaldo Diniz Filho. O setor está chamando a proposta entregue ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, de Regime tributário Competitivo da Confecção. “Pedimos que o governo crie o regime diferenciado, mesmo que seja temporário, por três ou cinco anos. Nesse período, o governo verá que vai arrecadar mais em função da capilaridade do setor”, afirma.
A proposta do setor para o “kit enxoval” é que o beneficiário do programa Minha Casa Melhor tenha R$ 1,3 mil disponível para a compra produtos de cama, mesa e banho que vão desde as cortinas e tapetes aos cobertores e toalhas. O pagamento seria feito com juros baixos em um período de até 48 meses. A ABIT estima que isso aumentaria em 10% a produção do setor de cama, mesa e banho.
INOVAR MAIS – Outro impulso à competitividade do setor deve ser dado pela modernização do SENAI CETIQT, que receberá um investimento de R$ 50 milhões até 2016. O recurso será empregado na ampliação e modernização das plantas-piloto e dos laboratórios e em projetos de educação profissional, tecnologia, conhecimento e inovação.
O CETIQT exerce um papel importante no desenvolvimento de inovação para o setor têxtil e de confecção. “O objetivo é estar cada vez mais próximos da indústria”, afirma o diretor-executivo do SENAI CETIQ, Marcus Fonseca. “As mudanças que estão sendo implantadas estão sintonizadas com as necessidades do setor produtivo”, completa o diretor de Operações do SENAI, Gustavo Leal.
INVESTIMENTO EM LOGÍSTICA DEVE AJUDAR SETOR – A melhoria da infraestrutura do país também deve ajudar o setor produtivo a se tornar mais competitivo, destacou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Segundo ele, o banco vai elevar os desembolsos para investimentos em infraestrutura de R$ 24,5 bilhões, em 2012, para R$ 30 bilhões neste ano. A meta é chegar a R$ 40 bilhões daqui a quatro anos. Deste total, metade deverá ser em logística e metade em energia.
Por Mariana Flores, do
Do Portal da Indústria
http://www.exportnews.com.br/2013/10/industria-textil-e-de-confecca...
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“Continuaremos lutando por esse regime no ano que vem, pois o setor é altamente relevante para o país, pois tem efeito multiplicador muito grande”,
Nós ( setor têxtil brasileiro ) precisamos de apoio do GOVERNO FEDERAL com urgência. Nesta altura, somente ele poderá nos ajudar.
Resumindo:
Se o setor têxtil brasileiro conseguir "Fôlego" para continuar "vivo", será consequência da atuação do GOVERNO FEDERAL.
E
Se o setor têxtil brasileiro não conseguir "Fôlego" e "Morrer", também será consequência da atuação do GOVERNO FEDERAL.
Assim, vamos observar qual das duas opções acima, nosso GOVERNO FEDERAL irá escolher. Num futuro breve, contemplaremos a resposta.
Senhores,
Na década de 90 pedimos "um tempo" para o governo federal perante às importações. Nos foi dado. Nada mudou.
Agora estamos pedindo "carona" no Minha Casa Minha Vida, isenções, isenções, isenções....
Essa "Passargada, e ser amigo do rei" ... até agora não tem funcionado; pelos menos para a cadeia têxtil.
Perdemos 1,3 milhões de empregos no período e assistimos a abertura de nosso mercado sem que façamos nada, exceto uma manifestação com 500 pessoas a frente do Anhembi onde grande parte era sindicalista e políticos oportunistas.
Senhores, falar em inovação e pesquisa num mercado que não tem condições de reter talentos intelectuais, com baixa população com titulação acadêmica (segundo análise da ABDI) parece incoerente. O problema é estrutural, de produtividade que não será resolvido com soluções pontuais sem planejamento setorial com o empresariado e sem definir destinos claros de como sairemos dessa.
Depender do governo federal, para um "tempo" simplesmente, só irá nos dar um "balão de oxigênio" e não uma "cura".
Devemos pedir ao governo federal uma visão clara de sua análise e destinos para o setor; desenhar caminhos com o empresariado; estabelecer políticas industriais para o setor....
Estamos tomando ações sem um planejamento estratégico para o setor.... e senhores...vcs são empresários e sabem que sem isso , sem um planejamento, qualquer ação tem sucesso duvidoso...
Agora...ficar dependente do governo... bem o governo sempre cobra caro os apoios que oferece - não sejamos ingênuos - basta olhar as negociatas do poder realizado para sustentação política de qualquer governo. > Não é isso que estamos negociando, é? > Espero que estejamos tratando dos interesses globais da cadeia têxtil e não de troca de favores políticos em troca de benefícios particulares
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