Artigo Notícia da edição impressa de 26/09/2014
Claudio Grando
O setor têxtil e de confecções brasileiro vive uma realidade controversa: enquanto o consumo de moda cresce no País, as vendas das indústrias nacionais recuam e perdem espaço para os importados. Os obstáculos enfrentados por toda a indústria são os mesmos. Alguns, porém, são mais perniciosos ao segmento. Ao gerar cerca de 2 milhões de empregos diretos, é dos mais prejudicados pela legislação trabalhista, que gera elevados custos. E, para corrigir falhas do ensino, as empresas também têm de investir na capacitação de seus funcionários para escapar da escassez de mão de obra qualificada.
Além de gerar uma das maiores cargas tributárias do mundo, o sistema tributário nacional é de uma complexidade tamanha que indústrias de médio porte precisam de até 20 funcionários na área fiscal. Em outros países, empresas similares em tamanho têm dois ou três na função. As confecções são, na maioria, pequenas e médias empresas e não têm condições de realizar um gerenciamento tão complexo.
A caríssima e precária infraestrutura do País compromete tanto a competitividade que, mesmo após cruzar os mares, os produtos importados chegam aqui muito mais baratos que os nacionais. Enquanto o mundo vive um ciclo intenso de inovação, aqui, falta estímulo. A indústria de moda brasileira é inovadora por natureza, mas, sem incentivos e recursos, não cumpre a vocação. O setor têxtil é e continuará sendo de vital importância para a economia brasileira. É preciso, portanto, que os presidenciáveis olhem-no com atenção.
Presidente do Santa Catarina Moda e Cultura
Jornal do Comércio do Rio grande do Sul 26/09/14.
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A indústria de moda brasileira é inovadora por natureza, se tem uma coisa que a industria textil brasileira nao é e inovadora, alias este e o maior fator que contribuiu para ela estar caindo aos pedaços, tem todas estas questoes de infraestrutura, carga tributaria, encargos sociais, tem tudo isto, mas tem o fator acomodaçao, de nao inovar, nao correr riscos, de nao acompanhar o que esta mudando no planeta, passsaram as ultimas 3 decadas comprando lixo de poliester da china por trocados e vendendo aqui a peso de ouro e agora a propria china coloca o lixo aqui dentro e ai agora nao sabem o que fazer, pode vir o presidente que for, que diga-se de passagem, nenhum tem no programa qualquer compromisso com os textesis e confecçao, entao ninguem espere melhorias, seja o presidente que for, quem tem que correr atras do prejuizo e o empresariado que nao quer inovar, nao quer arriscar, quer que brasilia apareça com um plano paternlista o que nao vai acontecer, porque e um setor desorganizado, desunido e acomodado o que vai acontecer e que vai vir um monte de chineses com alguma proposta inovadora e ai termina de quebrar o resto
Pois é Sra. Francisca. Já divergi da senhora algumas vezes, mas agora não tem como divergir...
O pior Sra. Francisca, temo é o que estou vendo aqui em SP. Os dirigentes estão apoiando um certo senhor que já foi presidente da ABIT e FIESP para o governo de SP - sabe-se lá que alianças fez para se promover politicamente; será que nossos empresários pretendem resolver os problemas assim?
pois é, nao moro em sao paulo nem voto ai, mas ainda seria a melhor opçao, ou menos ruim, como queiras, eu votaria nele, porque alianças escusas vao existir enquanto existir politicas, como diz o velho jargao: ninguem governa sozinho, agora deixar o alkimim levar no primeiro turno e a desmoralizaçao de um povo, o cara nao faz nada, a cidade nao tem metro, a maior universidade do pais fechou, os hospitais fecham, o rodoanel nao sai do papel e quando sai ele cai e ai o cara leva no primeiro turno, ele vai trabalhar melhor, pra que e porque? eu tenho do povo de um estado deste, porque chegou em um nivel de resignaçao ou alienaçao lastimavel
Olá Sra. Francisca.
Infelizmente devo divergir de seu último comentário.
Moro em São Paulo, utilizo o Rodoanel semanalmente, possuo ligações com professores e alunos da USP, minha filha pertence ao quadro discente da Unesp, utilizo diariamente o metrô em meus deslocamentos na cidade deixando o carro em casa. Portanto me sinto em condições de emitir uma opinião de quem vive em São Paulo e respira seus problemas.
Sobre o Rodoanel, não tenho notícia que ele caiu, o que temos é a má qualidade do piso que paulatinamente está sendo recapeado. Viver em SP sem o Rodoanel que retira os caminhões das marginais é algo impensável. Antes tínhamos cerca de 180km de congestionamentos diários, chegado a picos de 250 km, atualmente temos cerca de 80km de congestionamentos diários e os picos de 180.
Sobre a USP e Unesp, queria dizer que tanto o corpo docente como o corpo discente tem liberdade de opinião e livre pensamento. O exercício da democracia e livre pensamento cobra o seu preço quando permite manifestações contrárias; e no Brasil o corpo docente universitário possui lampejos tendenciosos de esquerda política e esta se manifesta com seu direito legítimo de mostrar suas ideias e utiliza as ferramentas que possui para exercita-las; e por zelar pelo direito da livre expressão a democracia sofre essas ações que faz parte de sua trajetória. Infelizmente lado a lado , a ideologia faz o sistema educacional de vítima. Muitas vezes o ideário deixa seus valores para a defesa de posições particulares e partidárias. A ideologia levada ao extremo gera sistemas autoritários como vemos atualmente na América Latina e no Oriente Médio.
A senhora deve conhecer docentes da USP, pergunte a eles se suas pesquisas, projetos e ganhos financeiros são impedidos ou impactados ou vedados politicamente. O combate ideológico na USP faz parte do ambiente acadêmico do livre pensamento, mas em momento algum projetos ou pesquisas sofrem essas interferências.
Em quarenta dias de greve, não houve nenhuma ação autoritária ou política sem motivação.
Quanto ao metrô, temos a maior malha do país. O sistema está congestionado em seu horário de pico, temos dificuldade em embaraçar nesses horários; mas assim como o rodoanel seria impensável a cidade sem ele e sem a linha amarela e a linha quatro inauguradas recentemente. Temos ainda outros tantos quilômetros em construção. Poderia ser melhor sim, mas é o nosso meio de transporte mais confiável no momento. Creio que as reclamações dos usuários são mais contra os próprios usuários que não se respeitam.
Quanto aos hospitais, o que posso dizer é que meu irmão teve câncer de pescoço. Foi atendido, tratado e medicado durante quatro anos no Hospital do Câncer em SP. Não tenho nenhuma crítica acentuada durante os quatro anos que o acompanhei.
Não sou advogado de defesa de ninguém, não pertenço a partido político nenhum, mas tenho que lhe dizer que críticas são normais e fazem parte do jogo político, mas que sejam legítimas. Podemos reclamar até da organização de nossos lares; mas quando estamos descontentes e por definição somos contra, as reclamações podem ir além da realidade.
Porque sou contra o PT? Vi as prefeituras da Erundina, Marta e agora do Haddad. Não gostei do que vi. Sou ex-militante do PT, e não concordo com o caminho que o partido tomou. A máquina política do PT atrapalha a gestão pública. Pelo menos é o que vi por aqui; o poder político gera o poder de polícia e manipulação das massas de manobra, advogando as políticas sociais como combustível dessa manipulação. Basta ser contra as ideias do partido e de seu plano de poder que já entramos numa lista negra, alvo de hostilidades dessa massa de manobra em nome do social; como quem é contra o PT seja contra uma politica social justa e contra a população pobre, como o partido gosta de falar. Puro populismo e jogo de cena. O Joaquim Barbosa que o diga. Veja que sou contra o ideário político do PT e sua forma de manutenção do poder e não contra as ações tomadas pelos governos as quais são passíveis de erros e não adianta discuti-las.
Quanto a votar nesse senhor , desculpe, mas já senti o autoritarismo, o despotismo exercido por ele; sua gestão não permite o livre pensamento e não sabe conviver com opiniões contrárias, como todo autoritário e narcisista; infelizmente ele é digno dos seus aduladores, como já dizia Shakespeare.
Só lamento que a cadeia têxtil do Brasil esteja apoiando esse senhor; e não é assim que iremos resolver os problemas no setor. A política por si só gera políticos.
Sei que pelos seus comentários, a senhora tem ressonância com as ideias do PT e com aqueles que ai estão, mas cada um de nós é livre para expressar sua opinião; por isso me atrevi de manifestar a minha; enquanto isto é possível.
Parabens Hilário!
Hilario, eu não mais iria tecer comentarios neste, se a srª Francisca o fizesse, pois existe radicalismo e os comentarios são livres e democraticos, a todos independentes de ideologias.
Mas TENHO QUE ME CURVAR, ao seu comentario, pois fazia muito tempo que não haviam, tão lucido e de consistencia. Meus parabens.
Para saber de SP, seria necessario aqui estar, aqui ver e poder elogiar ou criticar, é necessario viver o dia a dia desta metropole/nação, em forma de estado, para um pouco de lazer, quando dá, meu destino é o norte/nordeste, onde tenho inumeros amigos de meus tempos passados por lá, a trabalho.
e que eu convivo com o povo, nao com a burguesia, porque nossos parentes que moram ai foram pobres e hoje moram na zona leste e sao eles que sofrem, porque voces merecem o que tem, infelizmente o povo nao.
Eu sabia que ia dar nisto. Nunca mais porei qualquer comentario com esta insolente e despreparada senhora. Venha até nosso pais, a cidade de SP, onde convivemos com nossos irmãos nordestinos com muita honra, sem a tal burguesia, pois temos por aqui grandes nordestinos fazendo sucesso. Nossos mais badalados restaurantes, tem um irmão ai do norte como chefe de cosinha. Como emm todo lugar do mundo, tem pobres e ricos, inclusive os despreparados.
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