Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Indústria Têxtil prevê recuperação gradual no semestre

As indústrias têxteis e de confecções esperam uma recuperação gradual das atividades no segundo semestre do ano, após sofrer os impactos da pandemia de covid-19. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) projeta para o ano uma queda de 13% a 20% na produção em comparação a 2019. Esse desempenho seria pior do que durante a recessão de 2015 e 2016, quando houve retração de 17% em dois anos, disse Fernando Pimentel, presidente da Abit.

De janeiro a maio, a produção de vestuário e acessórios acumula queda de 34,3% e a produção têxtil encolhe 21,4%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, a produção de artigos têxteis recuou 46,5% em relação ao mesmo mês de 2019. A produção de artigos de vestuário e acessórios, por sua vez, caiu 60,8% no mês.

“O setor sofreu uma queda brutal com a pandemia. As indústrias passaram a operar com 25% a 30% da capacidade. Só não foi pior porque muitas se voltaram para a produção de máscaras e equipamentos de proteção individual”, afirmou Pimentel. Ele observou que a demanda no país por máscaras cirúrgicas, que era de 35 milhões de unidades por mês, abastecida por importações, subiu para mais de 150 milhões por mês.

A partir de julho, com a reabertura do varejo, a expectativa do setor é que haja uma recuperação gradual no ritmo de encomendas. A estimativa da Abit é que as indústrias do setor fechem o ano com uso de 65% a 70% da capacidade. Pimentel citou uma enquete feita com associados da Abit, na qual 68% dos respondentes afirmaram esperar uma retomada ao nível pré-quarentena em 12 meses. Pouco mais de 30% disseram acreditar que a produção têxtil e de confecções se normalizará em seis meses.

Em São Paulo, Estado que responde por 27% da produção têxtil do país, 54% dos fabricantes do segmento têxtil esperam voltar aos níveis de produção do início de 2020 nos próximos seis meses, de acordo com um levantamento feito pelo Sinditêxtil-SP, que representa as indústrias de fiação e tecelagem do Estado. Outros 25% esperam que o segmento volte ao normal no prazo de 7 a 12 meses.

Luiz Arthur Pacheco, presidente do Sinditêxtil-SP, disse que 67% das empresas informaram que estão usando menos de 50% da capacidade instalada atualmente. “A pesquisa mostra otimismo das empresas sobre a normalização das atividades, mas acredito que a recuperação completa é mais provável que aconteça no começo de 2021”, afirmou.

O executivo acrescentou que a reabertura do varejo ainda não estimulou uma retomada da produção. Por enquanto, as varejistas e empresas de atacado estão se desfazendo de estoques.

Pacheco disse ainda que o setor está preocupado com o risco de crescimento do desempenho no país, com o fim dos efeitos da Medida Provisória 936, que permite a suspensão da jornada de trabalho e a redução de jornada com redução de salário por três meses. Antes da pandemia, o setor paulista empregava 450 mil pessoas.

FONTE: Valor Econômico

https://sindivestuario.org.br/industria-textil-preve-recuperacao-gr...

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