Indústria Têxtil reivindica ampliação de créditos públicos

[Romildo de Paula Leite]

A indústria têxtil e de confecção brasileira está com dificuldade de acesso a linhas de crédito do governo federal para aquisição de algodão. A afirmação é do diretor-superintendente da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (Abit ), Fernando Valente Pimentel, durante a reunião da Câmara Setorial do Algodão, no 9º Congresso Brasileiro do Algodão (9ºCBA), em Brasília.

O Financiamento de Garantia de Preço ao Produtor (FGPP) é o mais atrativo do mercado em razão das reduzidas taxas de juros disponíveis que variam de 3,5% a 5% do ano. De acordo com Pimentel, essa restrição prejudica as empresas na medida em que há um aumento no custo para obter capital e, em decorrência, uma redução na competitividade frente aos concorrentes internacionais.

As indústrias já protocolaram junto aos Ministérios da Fazenda (MF), do Desenvolvimento das Indústrias e Comércio Exterior (MDIC) e da Agricultura (Mapa) documento no qual solicitaram ampliação do teto do FGPP de R$ 40 milhões para R$ 80 milhões por empresa. E de R$ 2 milhões para R$ 5 milhões por produtor rural. “É uma linha importante para giro das empresas, o custo é o mais baixo do mercado. Reduzir o compulsório enfraquece a indústria nacional”, observou Pimentel. O presidente da Associação Brasileira de Algodão (Abrapa), Gilson Pinesso, manifestou apoio à reivindicação e se propôs a contribuir no diálogo junto ao governo federal. “É interesse do produtor de algodão ter um mercado interno forte. A indústria com capital para a compra antecipada e estocagem ajuda o fluxo de comercialização, isso é muito bom para nossa cadeia produtiva”, ponderou Pinesso. Link:

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