Cristiano Chaussard lembra que o e-commerce faturou R$ 12,7 bilhões no primeiro semestre
"O comércio eletrônico brasileiro faturou nada menos que R$ 12,7 bilhões no primeiro semestre, 24% a mais em relação ao mesmo período de segundo estudo do e-bit (empresa de pesquisa sobre e-commerce). De 1º de janeiro a 30 de junho, foram realizados 35,54 milhões de pedidos pela internet, com valor médio de R$ 359,49.
O otimismo com o crescimento e os resultados das vendas online tem chamado a atenção não só dos varejistas. As indústrias, que enfrentam dificuldades históricas com gargalos tributários, de infraestrutura e mão de obra, também estão de olho neste potencial. A indústria têxtil e calçadista, por exemplo, tem mostrado interesse em vender diretamente para o consumidor final, seja por meio de lojas próprias físicas ou pela internet.
Em Santa Catarina, temos exemplos de marcas de relevância nacional que aderiram à prática. O objetivo é buscar maiores resultados na tentativa de participar da margem obtida pelo varejo. Na indústria calçadista, a margem de lucro na venda de um sapato feminino de marca de luxo a um lojista, por exemplo, chega a rasos 3%. Enquanto a margem do varejo, neste caso, chega a 100%. No entanto, quando as indústrias resolvem investir em soluções para e-commerce acabam passando por cima dos tradicionais parceiros, como lojistas e representantes comerciais, causando conflito. Um dos caminhos para resolver esse impasse é o e-commerce descentralizado. Com isso, a indústria que investe em e-commerce para venda direta ao consumidor oferece para cada unidade da rede uma loja vitual "montada".
Grandes empresas de SC estudam implantar a solução. Há espaço para todos na cadeia de comércio virtual. Mas é preciso dimensionar os conflitos de canais. A boa notícia é que já há caminhos. E com grandes resultados."