Desde tempos remotos, uma planta conhecida como Woad foi cultivada a fim de ser utilizada para se obter um corante azul. O pigmento já era conhecido no Egito, possivelmente em meados de 1000 a.C. , e só em 1408 que Vasgo da Gama leva o índigo indiano para Europa.
Os comerciantes europeus tentaram a todo custo barrar o pigmento com leis e mentiras. O índigo foi acusado de ser uma droga mortal – e batizado de corante do Diabo. E, em algumas partes do continente, o uso do corante foi até ameaçado com pena de morte. Mas, com tantas propriedades, o pigmento prevaleceu e se tornou o rei das cores.
Graças a uma comunidade em Marche, na Itália, o processo artesanal da produção do índigo de Woad, lá conhecido como Guado, foi revivido. Os extratores de Marche foram descobertos pela Nudie Jeans, que em parceria com a comunidade desenvolveu uma coleção cápsula colorida a partir do pigmento produzido por eles.
O processo é trabalhoso, afinal são cerca de uma tonelada de folhas de Guado para fazer um quilo do corante. Por isso, a linha da marca está sendo produzida em edição limitada, ao todo são 700 peças.
Os preços variam de 725 dólares (para calças e jaquetas) a 245 dólares (lenços). A linha poderá ser encontrada nas concept stores de Berlim, Amsterdã, Londres, Nova Iorque e Estocolmo.
Fonte:|http://www.guiajeanswear.com.br/noticias/2242/indigo.aspx
Tags:
Interessante, aí sim pode justificar o preço.
Índigo Natural e Sustentabilidade
Com o desenvolvimento do mercado de têxteis sustentáveis como o algodão orgânico e das novas fibras com forte apelo ambiental (viscose de Bambu, Tencel®, fibra de cana de açúcar, de abacaxi e Kurawá), assim como o crescente interesse pelo mercado consumidor por produtos socialmente responsáveis, a procura de cores oriundos de fontes renováveis estabelece, no mercado da moda, uma nova forma de pensar a cor.
Onde a origem sustentável e renovável das cores, venha a ser um novo caminho a ser trilhado, aqui o Índigo Natural, sem dúvida, representa uma nova bandeira a ser hasteada, onde a síntese química a partir de derivados do petróleo dá lugar ao cultivo de plantas pela agricultura familiar e estes agricultores organizados passam a ser fornecedores do pigmento azul natural, estabelecendo uma nova cadeia de suprimentos e de origem das cores.
Com esta substituição automaticamente resultará uma significativa redução do impacto ambiental nos efluentes industriais, ao considerarmos que o Índigo de origem vegetal é facilmente biodegradável e estabelece uma drástica redução no uso de químicos nocivos empregados nos processos convencionais no tingimento com índigo sintético.
A medida que o mercado de moda venha a ter conhecimento e consciência do conjunto de benefícios que esta substituição pode imprimir ao setor têxtil, com certeza mais e mais empresas passem a buscar este diferencial.
Eber Lopes Ferreira
Etno Botânica
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2024 Criado por Textile Industry. Ativado por