Realizada dia 15 de maio, na sede da Abit, a Sessão de Aceleração do Fórum Mundial de Economia Circular 2025 (World Circular Economy Forum – WCEF) debateu a necessidade de escalonar a reciclagem têxtil e também todas as dificuldades que precisam ser vencidas para que os volumes se tornem, realmente, impactantes para o meio ambiente e à economia circular. As dificuldades e os desafios, com sugestões de possíveis soluções, foram debatidas pelos integrantes de três painéis de conversa: Painel dos Recicladores, Painel do Varejo e o Painel das Políticas Públicas.
Abordagens feitas nos painéis:
Recicladores
Participantes: Claudia Cicolo, da Confecção T.Christina; Paulo Sensi Filho, do Grupo Eurofios; e, Alessandro Gadelha, Grupo Wolf
A maior dificuldade dos recicladores é sem dúvida a separação correta dos resíduos. Infelizmente, segundo os debatedores, existem ainda muita contaminação dos resíduos, geralmente com lixo orgânico e às vezes até lixo perigoso, como vidros quebrados e seringas. Os debatedores concordam que intensificar a informação e treinamento na mesa de corte e em toda a empresa é um trabalho infindável, mas que deve ser liderado pela diretoria. É fácil e é possível, pois há empresas exemplares na separação de resíduos. Outro desafio, é a classificação dos retalhos: tecidos puros de tecidos misturados com diferentes composições.
Da esq.: Alessandro Gadelha, Claudia Cicolo, Paulo Sensi Filho, Camila Zelezoglo e Fernando Pimentel
Varejo
Participantes: Cyntia Kasai, da C&A; Thays Rosini, da Renner; Taciana Abreu, da Riachuelo
Neste Painel, foram apresentadas as metas e as evoluções de cada marca, bem como os desafios que mais comprometem o crescimento da Reciclagem. Todas confirmaram que a equipe de criação já é orientada pelo tipo de material a ser solicitado nas roupas, que devem ser de menor impacto e mais puros na composição. Contudo, é complexo para tecelagens e confecções mudarem rapidamente e se adaptarem a novas produções, muitas vezes envolvendo novos maquinários e investimentos. Pelo lado do consumidor, vencer a resistência de que uma roupa mais sustentável feita a partir de fios reciclados, não é tão boa é um trabalho de conscientização. E, conseguir baratear o processo e colocar nas araras opções sustentáveis não só no processo, mas principalmente no preço. É um trabalho que esses grandes varejistas buscam fazer em colaboração, especialmente o recolhimento de roupas usadas pelos consumidores, pois só assim será possível escalonar.
Cyntia Kasai, Thays Rosini e Taciana Abreu
Políticas Públicas
Participantes: Talita Daher, ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial); Sissi Alves da Silva, MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços); e, Eduardo Rocha Dias Santos, do MMA (Ministério do Meio Ambiente).
Estrategicamente, esse painel ficou por último. Todos os debatedores, principalmente os recicladores, colocaram que um grande acelerador seria um incentivo fiscal para quem pratica a economia circular. A ABDI adiantou que um estudo da cadeia têxtil e de confecção já está na programação deste ano, onde se buscará descobrir os dados mais reais dos volumes de descartes (tanto de resíduos na produção até de roupas em aterros) para planejar com mais segurança um plano de incentivo e de cronograma para o setor, em conjunto com MDIC e MMA. Muitas questões que envolvem a NIB – Nova Indústria Brasil, foram abordadas como iniciativas que incluem e incentivam a economia circular. Planejar uma logística reversa do setor seria uma etapa dentro do Estudo que a ABDI irá realizar.
Talita Daher, Sissi Alves e Eduardo Santos
https://www.abit.org.br/noticias/informacao-colaboracao-e-incentivo...
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