Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Inovação com Baixo Custo Eleva Produtividade de Indústria Têxtil, no Oeste do PR

Em evento do Sebrae/PR, empresário do setor de confecção mostra que é possível inovar de forma simples e melhorar resultados da empresa

Iniciativa do Sebrae/PR em parceria com a Fundação Araucária, vinculada à Secretaria de Estado da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, o Projeto Agentes Locais de Inovação tem mudado a percepção de empresários de micro e pequenas empresas sobre a cultura da inovação. Em Terra Roxa, Palotina e Guaíra, no oeste do Paraná, o Projeto está focado ao setor de vestuário e auxilia no desenvolvimento de cerca de 30 indústrias voltadas à produção de confecção, acessórios, bordados, serigrafia, entre outros.

“Inovar de maneira planejada e consciente é uma das principais ferramentas para que a empresa eleve seu poder competitivo. Os empresários do setor têxtil, participantes do Projeto, têm conferido, na prática, esses resultados”, contextualiza o consultor do Sebrae/PR, Alan Alex Debus. Um dos exemplos de inovação simples e eficaz, complementa o consultor, veio de uma indústria de confecção moda bebê de Palotina, que serviu de caso de sucesso em um encontro realizado, no final de setembro, em Terra Roxa.

“O primeiro passo para inovar é a observação”, orienta o empresário da indústria de Palotina, Rafael Carvalho Machado. “Somente alterando o processo de produção, conseguimos um aumento de cerca de 20% na produtividade. Mas para achar o que precisava ser melhorado foi preciso olhar para os problemas e resolver um de cada vez. Inovar é prestar atenção no que se tem e querer melhorar sempre. Não precisa ser, necessariamente, uma mudança ‘mirabolante’ ou que demande muito investimento”, assegura o sócio-proprietário da Curumim Moda Bebê.

Rafael Machado começou a receber a orientação do Projeto Agentes Locais de Inovação no ano passado e afirma que é possível inovar com simplicidade. “Melhoramos a capacidade produtiva, organizamos a comunicação e informatização da empresa gastando menos de R$ 60 ao mês. Na realidade, o maior investimento que fizemos foi em tempo de trabalho, que foi destinado ao planejamento e organização para as transformações”, enfatiza o empresário.

Desenvolvimento

A indústria atua no setor de moda bebê desde 2007 e, a exemplo da maioria das empresas familiares no País, nasceu com pouco planejamento ou conhecimento de mercado. “Somente com o auxílio do Projeto a empresa deu início ao trabalho de planejamento, numa tentativa de profissionalização da gestão empresarial. Desde então detectamos deficiências e passamos a solucionar um problema de cada vez”, argumenta Juliana Gambim, agente local de inovação que atende as indústrias têxteis participantes do Projeto no oeste paranaense.

Focada na resolução dos problemas com inovação, a empresa se estruturou com base na qualidade e na busca por diferenciação no seu produto, acrescenta a agente local. “Hoje a indústria distribui seus produtos em 14 estados brasileiros e também exporta com regularidade para o Japão.” A meta agora, planeja o empresário Rafael Machado, é iniciar exportações para o Chile, Peru e Argentina. “Pensar em inovação também nos fez ir em busca de programas de apoio e encontramos um gratuito sobre técnicas de exportação”, destaca.

Encontro

Convidado pelo Sebrae/PR para falar de sua experiência durante a programação do Workshop de Inovação, em Terra Roxa, o empresário explanou sobre suas ações aos representantes de 33 indústrias de vestuário da região. “Por meio de exemplos práticos, os participantes do encontro perceberam que vale a pena inovar e que o resultado só depende da própria iniciativa ou seja, basta comprometimento”, avalia Alan Debus, do Sebrae/PR.

Além do caso de sucesso, o evento também apresentou o funcionamento do Projeto Agentes Locais de Inovação e palestras intituladas “A inovação trazendo dinheiro para a empresa” e “Como começar a gestão da inovação na empresa”. A realização do evento, oferecido sem custo para os participantes, contou com a parceria do Arranjo Produtivo Local (APL) Moda Bebê de Terra Roxa e da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Terra Roxa (ACIATRA), que também incentivam e orientam os empresários nas ações de inovação.

De acordo com Osvair “Bali” Frasson, que coordena o APL Moda Bebê, com ações como essas, as indústrias de pequeno porte, do setor de vestuário, percebem a importância de inovar em todos os processos. “O setor está em crescimento e os empresários precisam estar atentos ao mercado e buscar diferenciação. Somente em Terra Roxa, somam-se mais de 50 indústrias de vestuário. Se não houver diferencial, a empresa não consegue sobreviver nesse mercado altamente competitivo”, salienta.

Empresários do vestuário de Terra Roxa, Palotina e Guaíra, interessados em participar do Projeto Agentes Locais de Inovação, podem entrar em contato com o APL e fazer a adesão, de forma gratuita. A meta de atendimentos, aponta Alan Debus, é atender 50 empresas do setor. O telefone para contato com o APL Moda Bebê é             (44) 3645-3229      .

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