Inspire-se, crie: essa é a ordem para conquistar mercado

[Romildo de Paula Leite]

A quantas anda a moda no Brasil e quais os desafios a serem enfrentados diante da concorrência de marcas nacionais e internacionais? Como parte dos eventos paralelos da SPFW, em outubro, o diretor do Stylesight Brasil Jorge Grimberg coordenou um debate moda e consumo que contou com a participação de Costanza Pascolato (diretora criativa daTecelagem Santaconstancia), Ana Isabel Carvalho Pinto (diretora de Marketing e Moda do Shop2Gether, empresa de serviços de e-commerce) e Camila Yahn (editora chefe do portal FFW.com.br).
Antes, porém, apresentou os pontos-chave do comportamento de consumo de moda dos brasileiros, identificados pelo estudo ‘Spotlight on Brazil’: apenas 20% das compras de produtos de luxo são feitos no país; mais de 50 marcas internacionais desembarcaram no Brasil nos últimos anos; a novela é o ponto de referência para a venda de moda para a nova classe média. “Como competir, se posicionar? Onde buscar inspiração?”, questionou.
História recente
Costanza destacou que a história da moda no Brasil é muito recente, só começou a existir realmente, com a dinâmica de hoje, a partir dos anos 1990, enquanto na Europa e América do Norte tudo aconteceu muito antes e se expandiu a partir dos anos 60. “Ainda há muito a ser feito. Criatividade nós temos. Não tenha vergonha de ser brasileiro, nós ainda estamos acontecendo”, enfatizou. Um dos aspectos a ser melhorado nas empresas, em sua avaliação, é a gestão, que deve ser feita de forma mais profissional.
Camila, do portal FFW, ressaltou que os varejistas de moda brasileiros estão numa situação delicada diante do acirramento da concorrência. “As marcas precisam caprichar mais nos sites de e-commerce; além disso, as roupas no Brasil custam muito caro”. Segundo ela, os criadores devem aproveitar a fase de visibilidade pela qual o pais está passando e buscar inspiração nas várias fontes que o Brasil oferece.
Para Ana, do Shop2Gether, as marcas com maior tendência ao sucesso são as que estão num maior número de canais de venda. ‘Hoje o consumidor busca informações no mundo digital e com amigos, para depois comprar. Outros pesquisam na loja e depois compram na internet. E fazer e-commerce é mais que simplesmente colocar as peças à venda”, afirma. “O maior desafio é conseguir traduzir a qualidade da marca para o digital. A imagem de uma empresa tem de ser a mesma em todos os canais de venda que ela utiliza”, alerta. Oferecer moda a um preço que cabe no bolso dos brasileiros é outro ponto a ser perseguido, segundo ela. “O consumidor quer o melhor produto pelo melhor preço, quer pagar o que acha justo”.

http://www.oconfeccionista.com.br/index.php/2013/11/07/fashion-rio-...

[Romildo de Paula Leite]

“O consumidor quer o melhor produto pelo melhor preço, quer pagar o que acha justo”.

[Romildo de Paula Leite]

‘Hoje o consumidor busca informações no mundo digital e com amigos, para depois comprar. Outros pesquisam na loja e depois compram na internet.