Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A start-up americana Protein Evolution fez uma parceria com o Departamento de Energia dos EUA num projeto para usar inteligência artificial para criar enzimas que decomponham resíduos têxteis e de plástico para reciclagem.

[©Protein Evolution]

A primeira parte desta parceria, que envolve várias entidades, pretende aproveitar avanços coletivos em inteligência artificial para criar enzimas, enquanto a segunda parte irá focar-se em afinar os métodos para que possam ser usados na produção à escala.

«O nosso processo inovador usa inteligência artificial para desenhar novas enzimas para transformar vários tipos de resíduos de poliéster em blocos para fazer novo poliéster», refere Maren Wehrs, diretora de desenvolvimento de bioprocessos da Protein Evolution. «Estes parceiros dão-nos acesso a investigação de vanguarda, infraestruturas e uma riqueza de conhecimento que nos vai ajudar a acelerar uma gestão sustentável de resíduos e a transição global para uma economia circular com poucas emissões de carbono», acrescenta.

A tecnologia da Protein Evolution é, segundo a start-up, a primeira nos EUA a usar enzimas como catalisador para produzir novo PET a partir de resíduos de poliéster. O resultado é indistinguível da alternativa virgem derivado de petróleo, mas com uma pegada carbónica muito mais baixa e é indicado para ser usado tanto em têxteis como em embalagens. A empresa está a escalar a sua capacidade comercial para receber quantidades maiores e tipos de plásticos diferentes como matéria-prima para a produção de poliéster com baixa pegada de carbono.

«Identificar e produzir de forma eficiente em termos de custos enzimas altamente catalisadoras para transformar resíduos em novos produtos tem o potencial de reduzir significativamente a dependência da indústria de petróleo», considera Jay Konieczka, diretor tecnológico da Protein Evolution. «À escala, a nossa tecnologia vai retirar milhões de resíduos de aterros e do meio ambiente, ajudando a reduzir a poluição, conservar recursos naturais e contribuir para um futuro mais sustentável e limpo», sustenta.

A Protein Evolution vai usar inteligência artificial para criar novas classes de enzimas para decompor plástico. O objetivo da parceria agora firmada é acelerar o desenvolvimento de um sistema de enzimas capazes de degradar poliéster através de inteligência artificial generativa e pesquisa e otimização melhorada por machine learning.

Nas fases finais do projeto, a Advanced Biofuels and Bioproducts Process Development Unit (ABPDU), uma das entidades parceiras, vai apoiar com conhecimentos na escala de fermentação e nos procedimentos de separação de proteínas.

«As nossas capacidades vão permitir-nos testar processos de produção a grande escala que vão beneficiar dos planos futuros de crescimento da Protein Evolution», acredita Deepti Tanjore, diretora da ABPDU. «Esperamos que esta parceria tenha um grande impacto na forma como os resíduos de plástico são geridos e como é produzido novo material plástico no futuro», conclui.

https://portugaltextil.com/inteligencia-artificial-apoia-reciclagem/

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