Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A Inteligência Artificial (IA) traz uma série de preocupações e questionamentos sobre o impacto da inovação na indústria da moda, que está se adaptando às mudanças tencnológicas .

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Foto: Divulgação

Uma indústria prestes a mudar. O que todos temem? A ameaça à criatividade humana e as transformações que ela pode introduzir. Essas questões têm um real impacto, principalmente porque essa nova ferramenta de fato traz o potencial de influenciar a estética da moda de várias maneiras.

Algoritmos podem ser usados para analisar grandes volumes de dados, como tendências do passado, preferências do consumidor e informações de mídia social, para prever e gerar novos estilos e padrões. Isso pode resultar em novas abordagens estéticas que talvez desafiem as convenções já estabelecidas.

Outros argumentam que, ao depender de algoritmos e modelos gerados pela IA, os estilistas correm o risco de perder sua singularidade e originalidade. E ainda há um temor de que a IA possa simplesmente “roubar” as ideias dos designers, reduzindo o papel humano na criação de moda.

Foto: Divulgação

Bem, embora as questões sobre a criatividade humana sejam válidas, é importante ressaltar que a IA deve ser vista, até então, como uma ferramenta complementar que pode ajudar, e muito, a gerar ideias iniciais, fornecer insights sobre tendências emergentes e otimizar processos criativos, permitindo que os estilistas se concentrem em aspectos mais conceituais e emocionais da moda.

Enquanto alguns veem isso como uma oportunidade de explorar novas formas de criatividade, outros temem que as funções exercidas por humanos no mercado de trabalho possam estar ameaçadas. E não são apenas os criadores que se encontrariam em uma possível crise. 

O recente anúncio da Levi’s de que começaria a testar modelos gerados por IA gerou uma grande polêmica. Esse movimento provocou discussões sobre o papel dos modelos humanos e os possíveis efeitos na profissão, pois a IA tem a capacidade de gerar imagens realistas e cativantes e que são facilmente customizadas e controladas.

Foto: Divulgação

Por outro lado, alguns argumentam que a utilização de modelos virtuais gerados por IA pode abrir novas oportunidades criativas, pois eles permitem maior flexibilidade em relação a aspectos como tamanho, idade, raça e aparência física, o que poderia impulsionar a diversidade e a inclusão na moda. 

Mas uma avaliação cautelosa deve ser feita nesse cenário. É importante ter em mente as questões éticas envolvidas nesse contexto. Os modelos virtuais podem ser programados para representar um ideal de beleza inatingível e promover padrões irreais. Além disso, a presença predominante de modelos virtuais pode levar à perda da conexão emocional e da autenticidade que os modelos humanos trazem para as campanhas de moda.

Foto: Divulgação

Por falar em ética, todos os envolvidos nesse mercado também devem encontrar um equilíbrio entre a inovação trazida pela IA e a preservação da autenticidade na moda. E esse caminho do meio deve priorizar a união entre a novidade e a tradição de forma responsável. Esse é um campo em constante evolução e efervescência, no qual a reflexão sobre limites e o diálogo são essenciais para chegar a soluções que promovam melhorias e não um colapso na indústria.

Estamos definitivamente em um momento de virada, não só na moda como em muitos outros mercados, e em vez de olharmos para esse novo horizonte como se fosse a materialização dos filmes de ficção científica, que tanto influenciam nossa perspectiva sobre o assunto, podemos optar por vermos a criatividade humana e a IA como complementares.

Na moda, as marcas agora vão poder trabalhar em colaboração com especialistas em IA, designers de software e cientistas de dados para desenvolver soluções criativas, inovadoras e absolutamente disruptivas. Ao unir o conhecimento técnico com a visão artística é possível alcançar resultados únicos, surpreendentes e nunca vistos antes.

por Simone Pontes

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