As vendas no comércio varejista na cidade de São Paulo devem cair 1,5%, no período de abril a junho, em relação aos três meses anteriores. Essa previsão consta na pesquisa do Programa de Administração do Varejo (Provar), elaborada em conjunto pela Fundação Instituto de Administração (FIA), Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar).
Em levantamento feito por amostragem com 500 consumidores, entre 9 e 20 de março, foi constatada a pior intenção de compra dos últimos 11 anos. O índice de consumidores que manifestaram a intenção de comprar bens duráveis de abril a junho atingiu 46,6%, o que é três pontos percentuais inferior ao do primeiro trimestre (49,6%) e o mais baixo desde 2004, quando ficou em 45,1%.
Comparado a igual período do ano passado, cresceu apenas o interesse de aquisição de três dos treze setores pesquisados; material de construção apontado por 9,4% dos entrevistados, o que é 1,6% mais; informática, manifestado por 6,4% dos consumidores, universo 0,4% maior e imóveis, bem que está na lista de compra de 2,4% dos consumidores ouvidos, com alta de 0,8%. Em relação ao trimestre anterior, porém, houve queda de 0,2% na disposição por adquirir imóveis
Entre os produtos que deixaram de compor a lista estão os eletroeletrônicos, com recuo de 5,6% nas intenções de compra; vestuário e calçados, que teve queda de 4,6% e telefonia e celulares, com redução de 4,4%. Estes dois últimos segmentos, no entanto, cresceram na intenção de compra em relação ao primeiro trimestre deste ano, com variação de 0,2% em vestuário e calçados, e das pessoas sondadas 1,8% mais disseram que pretendem consumir bens na área de telefonia e celulares.
Para o presidente do Conselho do Provar, Claudio Felisoni de Angelo, o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que é á soma dos bens produzidos no país, com o medo do desemprego, inflação alta, juros elevados e menor poder de compra, indicam um cenário ruim para o varejo. “Se não houver investimentos, não se alcançará um crescimento sustentado”, concluiu.
A pesquisa mostra ainda que o orçamento das famílias está mais comprometido com o crediário em comparação com um ano atrás. Um total de 23,1% da renda tem que ser preservada para este tipo de quitação, percentual superior ao do mesmo período em 2014, quando atingia 22,7%, e também maior do que em 2013 (22,1%).
Pela sondagem, a sobra no orçamento que poderia ser destinada às compras é de apenas 6,1%. O restante está atrelado a compromissos com o crediário (23,1%); educação (19,6%); alimentação (19%); habitação (12,6%); transporte (8,3%); saúde e cuidados pessoais (4%) e vestuário (3,4%).
FONTE: http://economia.terra.com.br/intencao-de-compra-em-sao-paulo-e-a-pi...
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