Na segunda metade de janeiro, a ITMF – International Textile Manufacturers Federation realizou o 12.º inquérito a mais de 270 empresas em todo o mundo de todas as áreas da cadeia de aprovisionamento da ITV. Em média, em todas as regiões e em toda a indústria têxtil e vestuário, a situação de negócio era «muito favorável» de acordo com 23% dos inquiridos, embora seja uma taxa mais baixa do que os 28% do inquérito de novembro.
«Este nível elevado é extraordinário tendo em conta o rápido aumento no número de infeções pela variante Omicron do covid-19 desde o 11.º inquérito», refere a ITMF. «O facto de um número crescente de empresas se encontrarem numa situação de negócio satisfatória (48%) é um indicador de uma recuperação forte e alargada», acrescenta.
No que diz respeito às expectativas para os próximos seis meses, a cadeia de valor mundial continua otimista. Embora a diferença entre mais favorável e menos favorável tenha caído de 33% para 35%, «tem de ser considerado que estas expectativas são baseadas numa situação de negócio muito favorável – ou, dito de outra forma, apenas 14% das empresas antecipam negócios menos favoráveis até julho», sublinha a ITMF.
Por regiões, a situação de negócio é positiva em todas as áreas geográficas com exceção para o leste da Ásia e África, onde a diferença entre uma boa e uma má situação de negócio é negativa.
Jusante acompanha montante
Quanto aos diferentes segmentos, os segmentos mais a jusante – tecelagens/tricotagens, estamparias/acabamentos e confeções – estão a recuperar e praticamente a acompanhar os segmentos mais a montante – produtores de fibras, fiações e produtores de maquinaria têxtil.
O número de encomendas caiu de um nível elevado de 40% em novembro para 30% em janeiro de 2022, o que está em linha com uma situação de negócio ligeiramente mais fraca, destaca a International Textile Manufacturers Federation.
As expectativas para encomendas em janeiro permaneceram praticamente no mesmo nível de novembro. Desde maio do ano passado, a acumulação de encomendas varia entre 2,4 e 2,9 meses. As expectativas não indicam que haja qualquer mudança nos próximos seis meses.
«A taxa de utilização da capacidade está a aumentar lentamente, mas está a aumentar continuamente desde maio, indicando que a disrupção da cadeia de aprovisionamento é ainda uma grande preocupação, mas cada vez menos», conclui a ITMF.
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