Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A revolução da indústria com a impressão 3D está chegando a setores cada vez mais próximos do consumidor final.

Coleção de roupas feitas em impressora 3D pela designer Danit Peleg (Foto: Danit Peleg)

Está em dúvida sobre o que vestir para aquela ocasião especial ou não teve tempo de comprar uma roupa para o evento que acontece no fim de semana? Calma, é só imprimir uma sob medida em sua própria casa! As novas tecnologias estão ajudando consumidores a encontrar a roupa ideal sem muito esforço. Em pouco tempo, as pessoas poderão deixar as sacolas de compras de lado para voltar a produzir dentro de casa. E nem vai ser preciso saber técnicas de costura, basta um clique em uma impressora 3D para customizar as peças e montar o visual completo.

Já pensou não precisar fazer a mala para viajar ou ainda atualizar o guarda-roupa com frequência? O avanço vale para vestimentas ou acessórios. Vai ser possível desenhar, criar, escolher material, detalhes de acabamento e personalizar tudo de maneira digital. A pioneira no assunto é a designer israelense Danit Peleg, de 28 anos, como parte da sua coleção de pós-graduação em Design de Moda na Faculdade de Shenkar em 2015. Ela fez o primeiro desfile de moda com roupas inteiramente produzidas por impressora em três dimensões (3D). O investimento foi de U$2.500 e não demorou muito para que as imagens das peças que foram apresentadas em Tel Aviv viralizassem em todo o mundo.

Roupas e acessórios sendo impressos (Foto: Danit Peleg)

Foram 9 meses de pesquisa e desenvolvimento, mais de 2000 horas para imprimir todas as peças – cerca de 400 horas por equipamento. “Eu não sabia nada sobre a impressão 3D quando comecei o meu projeto, e havia desafios diferentes que eu tinha que resolver ao longo do caminho. O principal desafio foi encontrar os filamentos certos para imprimir. A propriedade chave para um têxtil é a flexibilidade, e foi realmente difícil encontrar filamentos que eram flexíveis e realmente confortável no corpo. Durante um mês, eu experimentei um material chamado PLA, que era muito rígido e quebrável. O momento decisivo foi quando fui apresentada ao FilaFlex, o filamento que acabei usando para minha coleção. É extremamente flexível, forte e sustentável. E foi realmente novo, eles tinham acabado de lançar o filamento quando eu o descobri. Meu têxtil acabou por ser flexível, divertido e fluido”, declarou a designer ao GE Reports (confira a entrevista completa em inglês).

A demora na produção de cada item ainda é um ponto que precisa de melhorias. A criação de uma jaqueta, por exemplo, pode chegar a até 300 horas (cerca de 12 dias). Ou seja, ainda não é para as pessoas que decidem tudo em cima da hora. Mas as máquinas estão se tornando cada vez mais rápidas e baratas, assim como o material utilizado. O mercado aposta que em 10 anos elas estarão dentro de casa como um item necessário, no mesmo patamar de um forno de micro-ondas ou uma televisão. O avanço da manufatura aditiva ainda promete muitas inovações!



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