NOVA YORK - A obsessão dos americanos pelas calças de vaqueiro azuis começa a cair. Os jeans persistiram por muito tempo como uma peça essencial nos guarda-roupas dos Estados Unidos.
O jeans tem a versatilidade das roupas informais sem deixar de ser elegante, e por isso faz sucesso há mais de um século. Mas, nos últimos tempos, as vendas das emblemáticas calças texanas azuis começam a desacelerar. No ano de 2013, as vendas caíram 6% depois de décadas de crescimento quase constante.
A razão: as pessoas começam a usar mais frequentemente as calças de malha e tecidos elásticos ao invés do jeans tradicional. A mudança se deve em parte à falta de novos desenhos desde que saíram no mercado os jeans tingidos de cores vistosas que marcaram a moda há dois anos.
A queda também reflete a mudança de pontos de vista sobre a roupa adequada para se vestir no trabalho, na escola e outros lugares que sempre exigiram uma roupa mais formal.
"As calças de yoga estão substituindo os jeans no meu guarda-roupa", disse Anita Ramswamy, aluna do último ano do ensino médio em Scottsdale, Arizona.
Ramswamy disse que compra mais roupas de malha e agasalhos de ginástica do que jeans. "A malha é tão atraente quanto os jeans justos, mas muito mais cômoda", explica.
Um aspecto seguro é que o negócio de jeans não está morto. Segundo cálculos da consultoria Customer Growth Partners, as calças jeans representam 20% das vendas anuais das lojas de vestuário dos Estados Unidos.
Mesmo com a queda de 6% em 2013, os americanos compraram US$ 16 bilhões em jeans nos últimos 12 meses até junho, segundo a consultoria NPD Group.
Enquanto os jeans perdem espaço, as vendas de calças de yoga e similares subiram 7% e já chegam a US$ 33,6 bilhões no mercado americano.
A Levi Strauss, que criou a primeira calça jeans azul há 141 anos, figura entre os fabricantes que admitem o avanço das roupas 'atlético confortáveis'.
Esta tendência tem obrigado os fabricantes a criarem novas versões de jeans com características elásticas, mais confortáveis que as velhas calças jeans.
Fonte: http://economia.estadao.com.br
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