Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Jovens estilistas criam figurinos exclusivos sob medida para o dia a dia

Clientes pagam não somente pela mão de obra, mas pelo trabalho criativo das designers.

por Luisa Brasil
Victor Schwaner/Odin


Bianca Ladeia (à esq.) com sua cliente Luiza Heleno: atendimento em domicílio

Que atire a primeira fita métrica quem nunca viu uma calça que era linda no manequim ficar um desastre no corpo. E, mesmo assim, a vendedora diz: “Nossa, está óóóóótima em você!”. Muitas belo-horizontinas encontraram um modo de comprar roupas sem passar por essa frustração. Elas recorrem a jovens estilistas que fazem peças sob medida para o dia a dia. Além do serviço de costura, tão comum em outros tempos, essas profissionais oferecem o desenho de figurinos exclusivos a partir do desejo da cliente. Quem procura o ateliê de uma delas paga não somente pela mão de obra, mas também pelo trabalho criativo das designers. “Mais do que a roupa, eu vendo uma ideia”, diz Juliana Porfírio. Depois de trabalhar para marcas conhecidas, como Drosófila e Ronaldo Fraga, ela abriu o Quarto de Costura, ateliê especializado na produção de camisetas que custam entre 90 e 150 reais.

Em uma sala decorada em estilo vintage na Avenida Cristóvão Colombo, na Savassi, Cléo Barbosa atende mulheres que querem fugir dos modismos. “As vitrines estão cada vez mais iguais”, acredita ela. Ali, uma peça personalizada sai a partir de 120 reais. Outro público fiel dessas estilistas é formado por mulheres que encontram dificuldade em se adequar ao padrão de tamanhos das lojas. “Calça é uma peça que dá muito problema, tem gente que precisa ajustar sempre”, afirma Lu Simão. Além de produzir trajes de festa e vestidos de noiva, ela é bastante procurada para fazer modelos de alfaiataria (as camisas não custam me­­nos de 280 reais).

O atendimento individualizado, que inclui dicas sobre tecidos, cores e cortes que combinam com cada uma, agrada às clientes. “É muito melhor quando um profissional explica como valorizar uma parte do corpo e disfarçar outra”, conta a diretora de vendas Luiza Heleno, que costuma encomendar as roupas que usa para trabalhar à estilista Bianca Ladeia. Dona da marca By Biló, ela vai à casa de suas freguesas e alia o ofício de designer com o de consultora de moda. “Trabalho com a autoestima e a segurança das pessoas”, diz Bianca, cujas calças sociais custam entre 150 e 200 reais. “Muitas me procuram porque não sabem o que vestir em determinada ocasião ou como combinar as peças.” O serviço, entretanto, não é para quem tem pressa. Além do primeiro encontro com a designer, é preciso fazer pelo menos uma prova da roupa antes da entrega. Para as mulheres pacientes, a recompensa são trajes de qualidade, ajustados ao corpo. Tudo óóóóótimo - e sem fingimento.

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