Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O costureiro Karl Lagerfeld, das grifes Chanel e Fendi, lançou uma nova moda em Paris: o "elitismo de massa". Esse é o conceito aplicado para relançar e expandir a marca pessoal do estilista mais famoso do planeta, que acaba de abrir na capital francesa sua primeira loja-conceito, no bairro de Saint-Germain-des-Près. Essa é a primeira de uma longa série de butiques previstas em inúmeros países, inclusive no Brasil.

No local - que "respira" o estilo Lagerfeld, com decoração em tons de branco, preto e cinza - as roupas, acessórios, relógios e objetos da marca do "Kaiser da moda" têm preços considerados acessíveis se comparados aos dos grandes nomes do luxo. As camisas, por exemplo, custam na faixa de € 150 e, as calças, € 200, em média. Mas há também peças mais sofisticadas.

Por trás da estratégia mais comercial adotada, está o italiano Pier Paolo Righi, novo presidente da grife Karl Lagerfeld, que começa a colocar em prática um ambicioso plano de rede de lojas. Entre sete e dez butiques serão abertas neste ano, diz Righi, que estuda também unidades no Brasil, afirmou em entrevista ao Valor.

Em Paris, a segunda loja da Karl Lagerfeld será aberta em maio. Por enquanto, a prioridade é a Europa (Inglaterra e Alemanha são alguns dos países onde haverá inaugurações este ano), além da China, que ganhará três lojas em 2013. Essas unidades serão próprias.

O mercado brasileiro deve vir num segundo momento - está em estudo a chegada ao país em dois ou três anos. "O Brasil é um mercado importantíssimo para a grife Lagerfeld", diz Righi, lembrando a parceria do estilista com a Melissa (da Grendene), cujos modelos terão lançamento mundial no dia 26. Segundo ele, a implantação no país deve ocorrer por meio de franquias ou de uma joint-venture.

Para Righi, que assumiu o comando da companhia há um ano e meio, o potencial da marca Lagerfeld "era pouquíssimo explorado". Afinal, o estilista é "mundialmente famoso" e seu sucesso, há 30 anos, com as cobiçadas criações da Chanel é indiscutível. Mas sua grife pessoal, que pertence ao fundo britânico Apax Partners, esteve "adormecida" nos últimos anos.

O primeiro passo do novo presidente foi dado no começo do ano passado, com o lançamento de coleções da marca a preços acessíveis, vendidas com exclusividade por um site francês. Agora chegou a vez da expansão física.

"O objetivo é tornar a grife Lagerfeld uma marca global", diz Righi, que prevê a possibilidade de abrir mais de uma centena de lojas mundo afora. Ele entende bem do assunto: nos últimos dez anos, Righi foi o CEO da Nike para a Europa e o Oriente Médio e também já havia comandado a grife americana Tommy Hilfiger.

"O desenvolvimento de uma grande rede de lojas é um elemento-chave da nossa estratégia", afirma. "Mas ainda precisamos definir a velocidade com a qual faremos isso".

Outro elemento importante da estratégia é capitalizar a forte imagem do "ícone da moda", também conhecido por suas frases irônicas, criando elementos que podem ser rapidamente associados à identidade da grife Lagerfeld.

É por isso que na nova loja há vários acessórios que reproduzem o estilo visual do costureiro, como luvinhas sem dedos ou colarinhos enormes de camisas que podem ser pregados à roupa. Há também pequenos objetos, como chaveiros com forma de óculos escuros gigantes ou capas para smartphones e tablets decoradas com os traços do rosto de Lagerfeld. A loja reúne ainda produtos criados pelo estilista para outras marcas, como canetas para Dupont, copos para a cristaleria sueca Orrefors, ou maquiagens para a marca Shu Uemura.

Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/3044558/lagerfeld-estuda-abrir-loj...
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