Os mesmos personagens de desenhos e super-heróis que divertem a criançada também animam a Lepper. A empresa, fabricante de artigos de cama, mesa e banho, vem ganhando cada vez mais mercado com produtos licenciados infantis, que hoje já representam 60% do volume de negócios, segundo o diretor comercial Ênio Kohler.
São, principalmente, eles que fazem a têxtil joinvilense projetar um crescimento de 10% nas vendas em 2015, índice que vai na contramão do esperado pelo setor – a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) estima queda de 7% no faturamento para este ano.
Para atingir esse resultado, a Lepper tem três estratégias. A primeira delas é reforçar sua posição de referência nacional em produtos licenciados infantis, processo que começou há alguns anos depois que a empresa contratou uma consultoria que apontou a viabilidade de crescimento neste nicho.
O segredo é apostar em produtos como colchas, edredons, fronhas, roupões e toalhas com estampas dos desenhos preferidos da garotada. Hoje, a linha da companhia conta com 14 personagens. Entre eles estão o fenômeno Peppa Pig – que no último ano, em apenas quatro meses, vendeu mais do que a então soberana Barbie – e os heróis da franquia Os Vingadores, cujo segundo filme estreia nos cinemas brasileiros ainda neste mês.
A segunda estratégia da empresa é ampliar sua presença no varejo – hoje, são cerca de 7 mil pontos de venda espalhados por todo o País, entre eles, grandes redes como Riachuelo e Pernambucanas, atendidos por uma equipe de 55 representantes. Para isso, a empresa vai recorrer a parcerias com dois grandes distribuidores. Um deles, já fechado, vai se concentrar na região Sul. Outro, ainda em fase de negociação, deve atender às regiões Centro-oeste, Norte e Nordeste.
— Este movimento aumentará a nossa capilaridade e vai ajudar a Lepper a chegar a cidades menores, onde hoje a operação é inviável — diz Kohler.
Com as parcerias confirmadas, a empresa prevê um crescimento de 20% nos pontos de venda. O parque fabril, garante o executivo, tem capacidade instalada para atender ao provável aumento da demanda.
