London Fashion Week Verão 2027 aponta futuro do jeans com estética plural

London Fashion Week consolidou-se nesta temporada como palco de experimentação para o jeans, com marcas de herança e novos talentos apresentando visões contrastantes do tecido mais democrático da moda. Enquanto casas tradicionais como Burberry e Gucci trouxeram lavagens e cortes diretos, criando uma base neutra, nomes emergentes aproveitaram para ousar nas proporções, acabamentos e conceitos. O resultado foi uma passarela que equilibrou minimalismo e extravagância, apontando para um verão 2026 (2027 no Brasil) de forte presença do denim.

Entre os destaques, Harri explorou seu universo surrealista em calças de modelagem ampla, transformadas em ilusões de ótica por meio de estampas e degradês. Já Di Petsa trouxe uma leitura poética inspirada na Grécia: vestidos de jeans em tom areia com franjas soltas que remetiam à espuma do mar batendo nas praias. Natasha Zinko, por sua vez, apostou em uma estética de festa alternativa, revisitando os anos 2000 com jeans de cintura baixa, cortes bootcut e lavagens propositalmente “sujas”.

A criatividade também marcou a coleção de Ahluwalia, que apresentou peças fluidas com recortes, linhas assimétricas e estampas a laser, conferindo ao denim um aspecto sofisticado e contemporâneo. Marques’Almeida seguiu pelo caminho das silhuetas trendy, mas usáveis, com jeans barrel leg, tops peplum e vestidos volumosos em lavagens vibrantes que evocavam os anos 1980. Para equilibrar as propostas ousadas, a marca incluiu vestidos e blusas de ombro a ombro em denim índigo liso, criando uma coleção versátil.

A alfaiataria também encontrou espaço na passarela. Emilia Wickstead apresentou um vestido jeans de corset estruturado, além de calças retas com vinco central e jaquetas encolhidas, resgatando uma estética refinada para o material. Essa abordagem mais minimalista reforçou como o denim pode transitar entre o casual e o elegante sem perder sua força icônica.

No conjunto, a temporada londrina reafirmou o jeans como terreno fértil para narrativas de inovação. Do surrealismo escultórico ao romantismo mediterrâneo, passando pela irreverência festiva e pelo rigor da alfaiataria, o denim mostrou-se capaz de traduzir diferentes universos criativos. Em Londres, ele não foi apenas um tecido, mas uma linguagem que conecta tradição, experimentação e desejo contemporâneo.

Fonte: Ana Gimonski | Foto: Divulgação

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