Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A sueca Hennes & Mauritz sofreu uma queda de 15% nos lucros do terceiro trimestre. O segundo maior retalhista de moda do mundo foi afectado pelo aumento nos preços do algodão e custos dos factores de produção, agravados por movimentos negativos do câmbio.

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Lucro da H&M afectado

A queda nos lucros da H&M foi menor do que o esperado, na medida em que a estratégia do grupo sueco, de absorver os custos mais elevados, ajudou a ganhar quota de mercado. O retalhista também mostrou a sua confiança, aumentando de 250 para 265 unidades a meta de aberturas de lojas para este ano. «Este seria o trimestre mais difícil, pelo que acho que fizeram um bom trabalho», afirmou Anne Critchlow, analista na firma SG Securities. «Ainda melhor, eles encontraram o seu espaço adicional em mercados de alto crescimento, como na China e na Croácia», acrescentou.

Os retalhistas europeus estão a enfrentar uma desaceleração nos gastos, à medida que os compradores cortam o consumo face à subida dos preços, ao crescimento dos salários em atraso e às medidas de austeridade. A crise da dívida soberana da Zona Euro também está a pesar negativamente na confiança. A Inditex, o maior retalhista de moda do mundo, revelou no final de Setembro que o crescimento das vendas tinha abrandado desde o final de Julho.

A H&M informou que os inventários estavam acima do esperado no final do terceiro trimestre e as vendas de Setembro foram retidas pelo tempo quente, aumentando os receios, de alguns analistas, de que poderia ter de fazer descontos acentuados nos próximos meses.

O presidente executivo da H&M, Karl-Johan Persson, disse à Reuters que as vendas também foram atingidas pela fraca confiança dos consumidores na Europa. «É difícil ver o que é o quê», indicou Persson. «Setembro, penso eu, está mais relacionado com o clima. Depois, existem também algumas preocupações económicas por trás, a acrescentar».

As vendas subiram 3% na moeda local em Setembro e os analistas referiram que equivale a uma queda de 5% a 6% nas vendas em igual número de lojas, depois de um desempenho estável em Agosto. Persson defende que as perspectivas sobre os custos e alterações de moeda eram mais optimistas, embora o efeito dos preços do algodão venha a ser ainda negativo no quarto trimestre.

A H&M, com mais de 2.300 lojas em 41 países, teve um lucro antes de impostos de 716 milhões de dólares de Junho a Agosto. A margem bruta caiu dos 60,5% para os 58,6%. As promoções no trimestre estiveram no mesmo nível que há um ano atrás. Os analistas temiam que fossem maiores devido aos níveis de inventário no final do trimestre anterior.

Entretanto, a H&M anunciou a intenção de adiar o lançamento do seu negócio on-line nos EUA da Primavera para o Outono de 2012 para «garantir a melhor recepção possível no lançamento». A rival Zara iniciou recentemente a sua operação on-line nos Estados Unidos.

Fonte:|http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/40075/xmview/... 

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