Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Bebeto Matthews/AP / Bebeto Matthews/APKors, estilista da grife que leva o seu nome: ações se valorizaram quase 300% desde abertura de capital em 2011

A Michael Kors, a grife do estilista americano de mesmo nome, emplacou mais um trimestre espetacular. A receita cresceu quase 40%, a margem bruta subiu e o lucro líquido ficou 50% maior.

As ações deram um salto, é claro. Mas esse tipo de desempenho trimestral se tornou habitual para Michael Kors e seus investidores, cujos produtos e papéis exibiram impulso implacável desde que a empresa abriu seu capital, quase dois anos atrás.

Se alguém quiser mais evidências do tamanho do sucesso da marca, observe o caso da Europa. As marcas americanas de moda podem enfrentar grandes dificuldades no continente de origem dos mais célebres nomes de luxo do mundo. Mas as vendas da Michael Kors na Europa dobraram, para US$ 114 milhões, no período de três meses encerrado em setembro. Notadamente, a empresa também tem como meta para os próximos anos uma receita de mais de US$ 1 bilhão na região, uma vez que continua a abrir novas lojas no continente.

O desempenho da Michael Kors na América do Norte - que responde por mais de 80% de sua receita - também não foi nada mau. As vendas das lojas abertas há pelo menos um ano subiram 21%. O percentual vem se somar ao aumento de 45% registrado no mesmo período do ano passado, e ocorre apesar da mediocridade da recuperação econômica que manteve os consumidores americanos cautelosos com suas compras eletivas este ano. A grife informou ainda que o movimento nas lojas cresce a uma taxa de dois dígitos.

Os acionistas que compraram ações na Oferta Pública Inicial (IPO, nas iniciais em inglês) da Kors, realizada em dezembro de 2011, embolsaram um retorno de quase 300%. A US$ 79, a ação está sendo negociada ao fator de 26 vezes os lucros futuros - nada barato. Esse crescimento deverá acabar perdendo impulso. Mas, pelo menos durante os próximos anos, o lucro por ação deverá aumentar cerca de 30% anuais, em média, segundo previsões. Portanto, o múltiplo pode se justificar por enquanto. Mas isso só continuará verdadeiro enquanto os produtos não saírem de moda - risco que está entre os maiores e mais imprevisíveis para as marcas do setor. Caso contrário, ela tropeçará na própria velocidade de seu crescimento.

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