Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Clima afetou o giro das coleções da companhia, com dias não tão quentes no alto verão e temperaturas mais altas no outono, ainda que a receita tenha crescido quase 18% no período

O clima atípico registrado no primeiro trimestre do ano nas regiões sul e sudeste afetaram as margens do varejo de moda nacional e com o grupo Guararapes, controlador da Riachuelo, não foi diferente. O lucro líquido da companhia caiu pela metade entre janeiro e março, reduzido em 53,8% para R$ 55,13 milhões, em relação ao primeiro trimestre de 2017. A receita líquida do grupo avançou 17,99% na mesma comparação, subindo para R$ 1,49 bilhão, e cresceu de maneira uniforme entre todas as regiões, inclusive a nordeste que vinha em descompasso.

Em conferência de resultados com analistas de mercado, o novo CEO da Riachuelo, Oswaldo Nunes, explicou que o clima nem tão quente afetou o giro da coleção de alto verão, enquanto os dias de temperatura mais alta em março (que prosseguiram por abril todo e início de maio) prejudicaram as vendas de outono. Também afetou as margens do trimestre a maior participação de perfumes e celulares no mix, porque são produtos de rentabilidade menor que os artigos de moda, ressaltou Túlio Queiroz, CFO da empresa. Além disso, o patamar de comparação foi melhor, diz, lembrando que o primeiro trimestre de 2017 foi em parte beneficiado pela liberação dos recursos de FGTS em março e abril.

Para compensar a falta de frio e preservar o fluxo de consumidores nas lojas, a Riachuelo fez ações promocionais mais intensas, que serão estendidas caso o clima não mude nos próximos meses. Será preciso abrir espaço nos estoques para a chegada da coleção de primavera entre julho e agosto, destaca Nunes.

TIME DE ESTILO FEMININO MUDA PARA NATAL

Como parte da estratégia de responder rapidamente às demandas reais de mercado, propiciada pelo novo modelo logístico, a Riachuelo decidiu transferir o time de estilo feminino, planejamento e compras da capital paulista para Natal, no Rio Grande do Norte, aproximando essas áreas da fábrica da Guararapes. “Assim conseguimos adaptar a coleção dentro da estação”, explica Nunes. Ele disse que a expectativa é essa aproximação permitir reduzir em um terço o lead time dos produtos em relação ao prazo atual que o CEO não informa de quantos dias seria.

Essa mudança começou pela equipe da categoria de moda feminina porque é a que mais trabalha com itens fashion.

REDE DE LOJAS

No primeiro trimestre, a Riachuelo não abriu lojas, mantendo a rede com 302 pontos. Aberturas serão realizadas, dependendo das oportunidades, esclarece Nunes. Segundo o executivo, a prioridade é a reforma de lojas para adequá-las ao novo modelo, que prevê áreas maiores de venda de produto e menos estoque. Até o final do ano, mais 46 filiais serão adaptadas ao novo formato.

Entre abril e maio, foram abertas unidades em Olinda e Camaragibe, ambas cidades de Pernambuco.

Assim como outros varejistas do setor, também a Riachuelo pretende ampliar seu pick collect, sistema que permite comprar mercadorias pela internet e retirá-las em lojas físicas. De acordo com Nunes, hoje, 70 lojas participam desse sistema e, até o final do ano, esse grupo cresce envolvendo as 215 lojas que são atendidas pelo CD de Guarulhos, cidade da região metropolitana de São Paulo.

As áreas recentes de celulares e perfumaria serão expandidas para mais lojas. Perfumes que começaram oferecidos em 12 lojas estão atualmente em 235 pontos; e como uma operação mais madura, os celulares avançam em ritmo mais contido, foram estendidos para 30 lojas no primeiro trimestre.

Jussara Maturo

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