Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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M. Officer é condenada em segunda instância por trabalho escravo e não pode mais recorrer

Empresa submetia trabalhadores a jornadas que ultrapassavam as 14 horas diárias, com salários baixíssimos e em condições precárias. Além da multa milionária que terá que arcar, marca de roupas pode ser banida do estado de São Paulo

  

Uma decisão em segunda instância proferida pelo desembargador Ricardo Trigueiros, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região de São Paulo (TRT2), na última terça-feira (20), coloca fim ao processo que se arrasta por anos em que a empresa do setor têxtil M. Officer foi condenada por trabalho escravo. A primeira denúncia foi feita em 2014 e desde então os empresários da marca vêm recorrendo.

Com a confirmação em segunda instância, a M. Officer não tem mais como recorrer e terá que pagar uma multa de mais de R$6 milhões.

De acordo com a denúncia, feita por procuradores do trabalho, a empresa submetia trabalhadores a jornadas que ultrapassavam as 14 horas diárias, com salários baixíssimos (R$3 a R$6 por peça confeccionada) e em condições precárias. Boa parte dos trabalhadores eram bolivianos, mal falavam em português e tinham que morar nas oficinas de confecção.

Além das multas, a empresa pode ser banida do estado de São Paulo. Isso por que há uma lei estadual que prevê que será cassada a inscrição no cadastro de ICMS das empresas “que comercializarem produtos em cuja fabricação tenha havido, em qualquer de suas etapas de industrialização, condutas que configurem redução de pessoa a condição análoga à de escravo”.

Em nota, a empresa informou que a sentença “ignorou fartas provas concretas em sentido contrário”, e foi “fundamentada em falsas informações”, atribuindo a responsabilidade das condições dos trabalhadores a uma empresa terceirizada.

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Só mesmo nesse país ,de um  um ex-presidente condenado com sérias chances de livrar-se das acusações a ele atribuídas através de um STF aparelhado pelos 13 anos de seu desgoverno e responsável pela maior crise que ainda estamos vivendo e de outro lado uma empresa que gera trabalho , impostos e emprega sujeita a ter suas operações extintas  . Isso é Brasil !

Este tipo de situação jamais se findará no Brasil, devido a precariedade das fiscalizações e das lentidão das nossas leis e o cumprimento das mesmas. Quando uma grande marca como a qual é condenada é muito bom presságio e mostra que a onda da escravidão não está tão fácil, como parece, é apenas um oásis no meio de um grande deserto, é também esperança de dias melhore.

Mas é muito "engraçado" tudo isto acontecer em um país em que o tal P.T.(partido trabalhadores) ficou 16anos no poder e ñ fez nada em pró do trabalhador brasileiro, seja ele de qualquer proveniente de qualquer pais, mas o STF (atualmente Liga da Justiça) para salvar a todos nós..... 

O que me impressiona neste País é que condenar uma empresa que gera sim trabalho parece ser fácil e tem IBOP, agora ir verificar onde o próprio governo Federal, Estadual e Municipal, estão fazendo seus uniformes isso não é feito, será que as pessoas que ganham as licitações se preocupam com isso? Duvido.  

Caros Amigos

Há 527 anos lutamos por um Brasil melhor e até agora não conseguimos.
Aonde está o problema?
A resposta só pode estar na baixa qualidade dos eleitores.
Enquanto não melhorarmos essa qualidade jamais nos aproximaremos do mundo evoluído.
Trata-se de elaborar um grande projeto cívico-social que para começar a surtir efeito demorará uma geração,ou seja,70 anos.

  De acordo com a denúncia, feita por procuradores do trabalho, a empresa submetia trabalhadores a jornadas que ultrapassavam as 14 horas diárias, com salários baixíssimos (R$3 a R$6 por peça confeccionada) e em condições precárias.

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