Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI


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Por Eduardo Vilas Bôas
Professor de Moda do Senac SP


Há mais ou menos 27.000 anos, o homem começou a usar roupas para se proteger, aproveitando-se das peles dos animais caçados para cobrir o corpo. No entanto, essas peles eram usadas de forma desordenada e à medida que secavam, endureciam.

A descoberta do ácido tânico (entre 15.000 e 10.000 a.C.), presente na casca de algumas árvores, como o carvalho e o salgueiro, tornou as peles permanentemente maleáveis e à prova d’água. Nesse mesmo período, surge outro avanço tecnológico de extrema importância para o homem: a agulha de mão. Feitas de marfim de mamute, de ossos de rena e até mesmo de presas de leão-marinho, a agulha tornou possível costurar pedaços de pele e moldá-los ao corpo.


Essa invenção foi apenas superada em termos tecnológicos em 1755, quando foi feita a primeira patente referente a uma máquina de costura. Era uma patente britânica, para uma máquina inventada por um alemão, Charles Wisenthal, que posteriormente foi diversas vezes readequada, até que em 1850 o norte americano Isaac Merrit Singer, fez mudanças na máquina quanto ao modo como a agulha se movia e no pedal. A patente dessa nova máquina foi feita em 1851, o que deu início a empresa “Singer”.

A costura industrial possibilitou o aumento da produção, a diminuição do seu tempo de execução e o aumento da variedade de roupas produzidas. Hoje, temos uma dezena de máquinas de costura, cada qual destinada a uma aplicação e função do seu tipo. Vamos conhecer as principais?

Máquina Zigue-zague: Faz acabamentos em tecidos que desfiam e malhas. Rebate elásticos em lingerie ou cuecas. Adapta-se para caseados e efeitos decorativos. Tem dois tipos de ponto: 3 pontos e zigue-zague.


Máquina Reta: Aplica-se a tecidos planos e malhas para acabamentos internos e externos. Uma máquina mais resistente pode fazer pesponto em denim de baixa gramatura.


Máquina Overloque: Faz acabamento interno, junção de partes e evita o desfiamento do tecido. A máquina interloque une a costura reta com overloque, ou seja, ao mesmo tempo em que costura ela arremata. É usada para tecidos com elasticidade e que necessitem de resistência na costura.


Máquina Galoneira: Acabamento de barra para peças em malharia, aplicação de galão ou viés. Lado externa fica com duas costuras retas paralelas e o lado interno o ponto aberto ou fechado.


 
Por Eduardo Vilas Bôas
Professor de Moda do Senac SP

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