Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

México é peça-chave na estratégia da Shein na América Latina

Replicando o que já começou no Brasil, a Shein passa por uma segunda etapa no México com o objetivo de aumentar sua produção e otimizar seu negócio logístico paralelamente por meio de pequenas fábricas locais que podem ser incorporadas ao seu esquema de negócios.

México é peça-chave na estratégia da Shein na América Latina - Archivo

A aposta da gigante asiática é investir em treinamento para que essas fábricas mexicanas reproduzam os produtos que vendem em sua plataforma de e-commerce, assim como tem feito em território brasileiro onde já conta com 200 fábricas parceiras.

Em declarações à Forbes México, Marcelo Claude, presidente da Shein Latin America, revelou os planos da empresa chinesa de fazer do México um polo fabril não só para seus clientes no mercado nacional, mas também na América Central, e em um cenário provável, até Estados Unidos.

"No Brasil, anunciamos um investimento de até 150 milhões de dólares para ajudar na parte de financiamento, na parte de treinamento para os diferentes proprietários de fábricas. No México não temos certeza do valor, mas normalmente quando abrimos fábricas, isso vem acompanhado de valores de investimento para poder dinamizar o ecossistema destas", declarou Claude.

Sem especificar locais e datas, o presidente da Shein Latin America anunciou que essa próxima etapa acontecerá em breve, provavelmente antes de 2024.

Fundada na China por Chris Xu, a Shein está se expandindo rapidamente pelo mundo, cruzando fronteiras sem problemas e levando como bandeira a democratização das tendências da moda por meio de preços acessíveis, mas levando junto um furacão de críticas ao seu modelo de ultra fast fashion.

A empresa que foi fundada em 2008 com o nome de "Sheinside" e foi rebatizada em 2015 como "Shein" é uma máquina de produção incansável e alheia ao conceito de moda responsável. Desde o seu lançamento, a empresa chinesa tem sido constantemente apontada pela má qualidade de suas roupas e por um conceito de negócio que desafia o consumo responsável em um cenário ambiental e social já complexo.

POR

Alicia Mares