![Algodão de Mato Grosso (Foto: Reprodução/TVCA) Algodão de Mato Grosso (Foto: Reprodução/TVCA)](http://s2.glbimg.com/CqfESUdzPq13dTipa_vF2BguHEo=/300x225/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/12/30/screen_shot_2014-12-29_at_6.50.12_pm.png)
feitas no Estado. (Foto: Reprodução/TVCA)
Até esta semana, 96 fazendas produtoras de algodão de Mato Grosso foram visitadas pelos auditores da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), de acordo com informações da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). A auditoria tem o objetivo de checar os itens necessários para que essas propriedades obtenham a certificação ABR. Os auditores continuam visitando as fazendas do Estado.
Do total de fazendas visitadas, 85 aderiram também ao programa Better Cotton Initiative (BCI) na safra 2014/15, ou seja, somente 11 não optaram pelo licenciamento BCI.
Nos dois primeiros meses do ano, as equipes da ABNT, que trabalham com o apoio técnico e logístico do Instituto Algodão Social (IAS), percorreram os municípios de Sapezal, Campo Novo do Parecis, Itiquira, Pedra Preta (Serra da Petrovina), Campo Verde, Primavera do Leste, Dom Aquino, Poxoréu e Jaciara.
Segundo a Ampa, desde a safra passada, os cotonicultores brasileiros podem optar por obter a certificação ABR e o licenciamento BCI por conta do benchmarking celebrado entre o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), e o sistema Better Cotton Initiative (BCI). Na safra 2013/14, Mato Grosso certificou 189 unidades produtivas no programa ABR e, desse total, 151 aderiram também ao licenciamento BCI.
O presidente do IAS e da Ampa, Gustavo Piccoli, frisa que até agora oito novas fazendas de Mato Grosso aderiram ao programa de certificação na safra 2014/15, sendo que desse total apenas uma preferiu não aderir ao BCI.
"O programa de certificação ABR e o licenciamento BCI são complementares e contribuem para assegurar que a pluma produzida em Mato Grosso atende às exigências das leis trabalhistas e de segurança do trabalho e à legislação ambiental", comenta Piccoli, lembrando que Mato Grosso foi pioneiro na certificação da fibra no País.
Em 2005, os produtores de algodão associados à Ampa criaram o IAS para orientá-los no cumprimento da legislação; em 2006, foi criado o Selo de Conformidade Social IAS e, no ano seguinte, surgiu o Selo Algodão Socialmente Correto, já em parceria com a ABNT. No final de 2012, a Abrapa lançou o programa ABR e, a partir da safra 2013/14, os produtores de algodão brasileiros podem optar por obter também o licenciamento BCI.
O Sistema BCI foi introduzido nas fazendas de Mato Grosso e de outros quatro estados na safra 2010/11 e, aos poucos, esse sistema criado por grandes empresas multinacionais vai conquistando a confiança dos cotonicultores brasileiros, que veem nele um passaporte para garantir o acesso a mercados mais exigentes.