Embora os resultados das análises que podem comprovar ou não se lençóis e fronhas comercializados na loja de tecidos Acrópolis são lixos hospitalares ainda não estejam prontos, o proprietário do estabelecimento deve apresentar até esta quinta-feira (03), para o Departamento de Vigilância Sanitária do Amazonas (DVisa/AM), a justificativa para a venda dos produtos.
Na última sexta-feira (28), a loja Acrópolis, localizada na rua Miranda Leão, no Centro, e com uma filial na rua do Comércio, no Parque Dez, Zona Centro-Sul, foi alvo de uma operação de fiscalização da DVisa por conta de uma denúncia anônima sobre a comercialização das peças com as logomarcas da Unimed, do Hospital Dona Helena, Life Center, Clínicas São José, Beneficente Portuguesa de São José dos Campos, Hospital São Luís, e outros das regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Na operação, fiscais da DVisa recolheram 500 peças que estavam sendo vendidas e apreenderam num depósito da própria loja. Sete amostras do material que estavam manchadas foram encaminhadas para o laboratório do órgão e os resultados devem ficar prontos no próximo dia 14 (segunda-feira).
De acordo com o diretor da DVisa, Marcos Fabris, dependendo da constatação de que os produtos já foram usados ou não, o proprietário pode ser multado em até R$ 26 mil. “Se a análise provar que o material não foi usado em hospitais, ele não será multado, mas deverá suspender a venda dos produtos”, disse.
Durante a operação de fiscalização, o proprietário chegou a apresentar notas fiscais de compra de 29 mil quilos de tecidos e alegou que essas peças com marcas de hospitais vieram misturadas no restante da mercadoria.
“Ele também alegou que desconhecia que era proibido o uso do material”, acrescentou Fabris, diretor da DVisa. Os lençóis eram vendidos na loja ao preço de R$ 10 (solteiro) e R$ 20 (casal), e eram semelhantes aos que estavam sendo vendidos também em Teresina, no Estado do Piauí.
Fiscalização
Nesta terça-feira (01), fiscais da Dvisa deram continuidade às fiscalizações em lojas de tecidos da Zona Leste. Dez lojas foram fiscalizadas pelo órgão nos bairros São José, Mutirão e Cidade de Deus. Lojas de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Alagoas também foram alvo de fiscalização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com a repercussão da entrada de restos hospitalares com logomarcas de hospitais norte-americanos no Brasil.
Fonte:|http://acritica.uol.com.br/manaus/Dvisa-aguarda-explicacao-fronhas-...