O juiz do trabalho Giancarlo Ribeiro Mroczek determinou ontem o arrombamento, a apreensão e a remoção de todos os bens da Dabur Confecções, de Paiçandu. A empresa fechou as portas no começo do mês, demitiu quatro mulheres grávidas e ignorou os direitos trabalhistas de ao menos 32 funcionários.
No começo da noite de ontem, cerca de trinta máquinas de costura, móveis, uma geladeira, um bebedouro e um computador foram retirados do barracão por ex-funcionários da empresa e amigos, com o acompanhamento de dois oficiais de Justiça.
“Quando nos mandaram embora, pagaram apenas os dias trabalhados e não deram mais satisfação alguma. A apreensão das máquinas é uma garantia de que vamos receber o nosso acerto. Nós ajudamos a viabilizar este negócio”, disse uma ex-funcionária que não quis se identificar.
O advogado Jefferson Alex Pontes Pereira, que representa 32 trabalhadores demitidos, avalia que as máquinas apreendidas são uma garantia de crédito dentro do processo judicial. “Se a empresa não pagar o que deve, estes bens vão ser levados à leilão para garantir o pagamento dos direitos trabalhistas”, considerou.
Para fazer a apreensão e a remoção dos bens da empresa, os funcionários tiveram que se unir e conseguir um local para guardar os bens, pois a decisão judicial informou que o Poder Público não teria condições de manter a guarda das máquinas até o fim do processo trabalhista.
O chaveiro que arrombou a empresa e o frete vão ser custeados pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Vestuário de Maringá (Sincofemar). Dentro da empresa Dabur, a reportagem encontrou etiquetas das marcas Domark Jeans, DMK Jeans e Taif Jeans, que eram estampadas nas roupas produzidas pelos funcionários da Dabur, em Paiçandu.
As empresas, segundo os funcionários, pertencem ao mesmo grupo econômico da JM7 Lavanderia, de Paiçandu, e da empresa Vennuty, de Mandaguaçu. Segundo as reclamações trabalhistas o responsável pelo grupo econômico é o empresário paulista Mohamed Mustafah Saleh. Na tarde de ontem, ele estava na empresa JM7 Lavanderia, onde foi procurado por O Diário. No entanto, o empresário não retornou à ligação da reportagem.
O empresário também é um dos acusados de deixar ao menos 21 funcionários da Cartenni Confecções, de Mandaguaçu, sem receber os últimos salários e os direitos trabalhistas. A empresa fechou as portas em meados de janeiro, logo após as férias coletivas dos funcionários, que encontraram o barracão vazio no dia em que voltariam ao trabalho.
Fonte:|http://maringa.odiario.com/blogs/paicandublognews/2012/02/14/maquin...
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