Queridinha de nomes como a cantora Marina Sena, a atriz Valentina Herszage e a DJ Martha Pinel, etiqueta está mais fluida, em tecidos e propostas.
Dez anos atrás, Livia Campos concretizou um projeto, que, até então, caminhava ao lado da faculdade de Desenho Industrial. Formada em 2015 e inspirada pela avó materna, modelista e costureira, lançou a marca Beira. A premissa era ter uma roupa que fosse também linda ao avesso. “Sigo buscando a costura perfeita”, diz a carioca, hoje com 36 anos. “Continuo a mesma, mas fui me permitindo mais com o tempo”, explica.
Dona de um estilo particular, em que predominam a funcionalidade, alfaiataria, cores lisas (“nunca fiz estampa na vida”) e pegada artsy, a Beira avançou sem perder a essência. Queridinha de nomes como a cantora Marina Sena, a atriz Valentina Herszage e a DJ Martha Pinel, hoje está mais fluida, em tecidos e propostas. “Nessa coleção, pela primeira vez, criei vestidos voltados para a festa. Também lancei uma segunda cápsula de joias. Antes, era menos exibida”, brinca a designer. Suas roupas são “supercariocas”: “Vão a qualquer lugar e são despretensiosas. O Rio tem a ver com isso”.
O editor de moda Rogério S. acompanha a evolução da Beira: “Admiro muito a marca e sua trajetória construída com coerência e sem pressa, algo singular no sistema da moda”, diz. “São produtos com design atemporal e matéria-prima de alta qualidade". Minimalista no modo operante, Livia atende com hora marcada no ateliê em Botafogo e produz apenas sob demanda. Os vestidos custam, em média, R$ 6 mil. Não tem e-commerce; em São Paulo, está na Pinga. “Gosto de ficar perto de quem veste Beira, pessoas de todos os gêneros, que desejam uma roupa que não se sobressaia à personalidade, que não querem nada over”, define.
https://oglobo.globo.com/ela/moda/noticia/2025/05/03/marca-carioca-...
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