Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Marcas abrem lojas de fábrica em São Cristóvão com proposta inovadora

Portas abertas, promoções e preço máximo são chamarizes

Afghan. Peças vão até R$ 89. Há opções de festa e modelos exclusivos - Guilherme Leporace / Agência O Globo / Agência O GloboRIO — Se há um quê de magia embutido em certas palavras-chaves lançadas pelo discurso promocional de vendas, como liquidação, sale, off e afins, especialmente em shopping centers, um universo paralelo soa ainda mais atraente com as lojas de fábrica e a promessa de verdadeiros “achados”. A lista delas é extensa no bairro imperial de São Cristóvão, um mapa da mina nas mãos de consumidores ávidos por bons preços, com seus show rooms e bazares quase secretos descobertos na divulgação boca a boca ou nas dicas de blogueiras antenadas. Duas novatas no pedaço (mas no mercado há mais de vinte anos), Afghan e Mercatto, apostaram numa abordagem mais direta ao cliente, inaugurando seus espaços no mesmo formato de lojas convencionais, de portas abertas e chamarizes estampados na vitrine. De uma butique à outra, com um pouco de disposição, é possível fazer o trajeto a pé (entre as ruas Escobar, 48; e Figueira de Melo, 43).

Com fábrica instalada na região há cerca de dez anos, somente no final do ano passado a Afghan trouxe sua lojinha para o polo industrial, tendo ligação direta com a produção. Antes, a marca carioca participava de eventos pela cidade, como convidada. O plano agora é concentrar investimentos no novo espaço e na unidade do Outlet Premium, também recém-inaugurada, em Caxias.

— Em muitas lojas dessas lojas, é preciso tocar a campainha em locais fechados. Nós inovamos. Este espaço é uma oportunidade para quem é fã da marca comprar um produto de coleção num preço abaixo. Hoje, o preço máximo aqui é R$ 89 — diz Isio Feldman, proprietário da Afghan junto à esposa, Ester Feldman.

Nas araras, as coleções se misturam. Há desde peças básicas e casuais a roupas de festa, além de acessórios. Mas nada com defeito, garante. A loja já recebe, inclusive, peças exclusivas, feitas com sobras de tecidos da fábrica. A pegada econômica e sustentável se reflete também nas cabines de prova, cujas cortinas, pufes e espelhos foram reaproveitados de outras lojas da marca, que encerraram funcionamento.

— Nós descobrimos que nosso público vai dos 20 aos 60 anos, com espírito sempre jovem. Tem cliente que bate ponto aqui na loja porque sabe que toda semana tem reposição de estoque. Estamos sempre nos reinventando e a ideia é oferecer o imediatismo que as pessoas demandam hoje, inclusive no e-commerce — conta Ester, ressaltando que a Afghan já conta com uma loja de pronta entrega, para empreendedores, em São Paulo; e prepara uma seção de outlet para as vendas on-line, no site.

Mercatto. Coleção passada, até R$ 69, e arara com 10% da nova - Guilherme Leporace / Agência O Globo

Apesar de ter sua fábrica situada em Magé, a Mercatto já mantém sua sede em São Cristóvão desde 2008, da qual a loja off, inaugurada em março, agora é vizinha. O espaço recebe reposição de peças a cada quinze dias.

— É onde as equipes comerciais, de MKT e Visual Merchandising trabalham. Essa proximidade é muito saudável para o negócio pois estamos ali o tempo todo vendo o movimento, a venda e tudo que podemos melhorar. Fora isso, São Cristovão é um verdadeiro centro da moda carioca. Queremos aproveitar esse fluxo — diz Renato Cohen, diretor da Mercatto, também presente no Outlet Premium, em Caxias.

O maior valor praticado no local, atualmente, é R$ 69. O pico de movimento é em horário de almoço, conta:

— A loja recebe muitas funcionárias de outras empresas de moda, namorados e maridos que vão comprar peças de carro na (rua) Escobar e aproveitam para comprar um presente e de empresas próximas. Temos observado também pessoas vindo da Zona Sul e Zona Oeste, em busca dos “preços imperdíveis”.

Todos as promoções da loja comum são oferecidas no novo espaço, de forma não cumulativa, um grande atrativo aos clientes.

— A gente não trabalha com peças com defeito ou só o que sobra. É como uma loja normal, mas expomos aqui sempre a coleção anterior e mais uma ararinha com 10% da coleção nova só para dar um “cheirinho” (com preço normal) — diz Regina Macena, coordenadora regional de varejo da marca.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/bairros/marcas-abrem-lojas-de-fabrica-e... 

 







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  Nas araras, as coleções se misturam. Há desde peças básicas e casuais a roupas de festa, além de acessórios. Mas nada com defeito.

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