Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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As marcas alemãs de vestuário e calçado estão a ser incitadas a promover os direitos dos trabalhadores nas suas operações mundiais através da divulgação das fábricas que fazem os seus produtos.

A organização não-governamental Human Rights Watch afirmou que a transparência na cadeia de aprovisionamento iria demonstrar o empenho das marcas em assegurar boas condições para os trabalhadores. A organização usou o exemplo da Adidas como uma empresa que revela a sua lista de fornecedores desde 2007, o que mostra que a transparência é, ao mesmo tempo, «possível e desejável». A Humans Right Watch destacou ainda o recente relatório “Trabalha mais rápido ou sai: abusos nos direitos laborais na indústria de vestuário do Camboja”, no qual documentou o que afirma ser uma aplicação negligente da lei laboral por parte das autoridades do Camboja e onde sublinha a necessidade das marcas melhorarem a monitorização e cumprimento por parte dos seus fornecedores.

O relatório analisou as práticas laborais em unidades que produzem para a Adidas, Armani, Gap, H&M e Marks & Spencer, entre outras. «As marcas alemãs de vestuário devem liderar em termos mundiais ao exigirem que os seus fornecedores respeitem os direitos dos trabalhadores e que o ambiente da fábrica respeite os padrões internacionais em termos de segurança», considera Wenzel Michalski, diretor da Human Rights Watch na Alemanha. «Por seu lado, os consumidores alemães devem exigir que as marcas sejam claras em relação ao sítio onde são produzidos os seus artigos e sob que condições, para que possam tomar decisões de compra completamente informadas», acrescenta.

A organização não-governamental apontou a responsabilidade das marcas, sob os Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos, de «evitar ou mitigar os impactos adversos sobre os direitos humanos diretamente resultantes das suas operações, produtos ou serviços nas suas relações de negócios, mesmo que não tenham contribuído para esses impactos».

O pedido da Human Rights Watch surge na altura do segundo aniversário do acidente do Rana Plaza no Bangladesh, que matou 1.138 pessoas. Três organizações que estão a negociar a compensação para as vítimas juntaram-se para lançar uma “campanha em contagem decrescente”, a apelar às empresas para contribuírem até 24 de abril para os 8,5 milhões de dólares (7,85 milhões de euros) em falta em compensações para as vítimas.

http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/44373/xmview/...

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